sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Os blogues dos outros
Remuneração anual de Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal: 249.448 euros, o terceiro mais bem pago do mundo com o seu cargo.
Victor Abreu, Jantar das Quartas
Não sou falso moralista e sou até um grande defensor do “strip tease”, “lap-dance” e outras práticas do mesmo jaez. Porém, estou em crer que uma empregada de peitoral ao léu não será o que mais se coaduna com um relaxante jantar na companhia de família e amigos. A não ser que seja uma despedida de solteiro(a). Gajas e gajos em pêlo não se adequam ao conceito de refeição, mais parendo uma grande e valente bandalheira! Ou então trata-se de uma boîte. Não lhe chamem é restaurante, pelas alminhas! Um gajo ou bem que vai a uma boîte ver o gajame ou bem que vai a um restaurante comer uma caldeirada de cabrito! Cabrito de ligas é que não...
VICI, MACA(U)quices
Logo pela manhã abre-se o jornal e fica-se logo "bem" disposto. Não é preciso saber se José Sócrates vai montar a tenda itenerante em mais algum castelo para anunciar que vai assinar uma coisa que irá estar pronta daqui a quatro anos, se Mário Lino vai inaugurar um Cais das Colunas que estava no sítio há séculos, se Maria de Lurdes Rodrigues vai ter mais uma reunião da treta, se Luís Amado vai pedir desculpas ao Bin Laden, se Ana Jorge vai pagar as dívidas aos fornecedores, se Pinto Ribeiro vai financiar a próxima novela de Moita Flores, se Santos Silva vai para director do novo diário da construtora Lena ou se Silva Pereira vai dar mais uma conferência de imprensa para mudos.Para ficar "bem" disposto é suficiente ler este título: "Portugueses são os mais pobres da Zona Euro"...
João Severino, Pau Para Toda a Obra
'Linguado à Paris Hilton', 'Orgia de vitela', 'Viúva carente' ou 'Salada à trois' passaram a fazer parte de certas ementas em restaurantes deste país. Na Póvoa de Varzim, Albufeira, Lisboa ou Almada, você pode desfrutar de um lauto jantar tendo como companhia empregados de mesa quase despidos. Os serviçais masculinos levam os pitéus para as mesas com uma simples tanga no corpo e as empregadas de mesa apresentam-se em roupa interior transparente. É a nova loucura dos novos-ricos. Entre um 'Pastel de bacalhau com todas' e uma 'Musse de chocolate entre pernas' os clientes ainda desfrutam de danças eróticas a cargo dos empregados. Elas e eles dançam na barra, em cima do bar ou ao colo dos clientes. O menu-bailarino servido nas salas é variadíssimo e para todos os gostos: homo e heterossexuais. Dizem que a moda vai estender-se a todo o país. O pior é a congestão...
João Severino, Risco Contínuo
Nos últimos anos, os ambientalistas mais radicais têm centrado a sua atenção nos cientistas que contestam as ideias dominantes sobre o aquecimento global. Chamam-lhes “negacionistas”, por analogia com os neonazis que negam o Holocausto. Trata-se de um termo ofensivo que visa denegrir o cepticismo. Os cépticos são os heróis do processo científico. Apesar dos custos pessoais e profissionais, asseguram o processo de refutação sem o qual não existe actividade científica.
João Miranda, Blasfémias
A BOLA já pode fazer capas de um lampionismo monumental. 6 milhões de portugueses espalhados pelo Mundo já podem marcar almoçaradas, churrascadas, mariscadas, caldeiradas, cabritadas e chispalhadas com ânimo e garbo. A crise acabou, temos o Benfica no 1º lugar. Espero que lá fiquem durante 6 meses – não é preciso mais, de acordo com a Manela – de modo a este país entrar nos eixos, carrilar, avançar para a frente e a direito. Mas só até 17 de Maio, ok?
Valupi, Aspirina B
Um grupo de católicos europeus (devem ser os mesmos de sempre!) entrega hoje à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa uma petição pedindo que não se defina o aborto como um direito. A resolução do Conselho da Europa de 17 de Abril deste ano pede aos países membros que garantam o direito de acesso das mulheres ao aborto para que este "se evite o mais possível". Não entendo. Se o objectivo é reduzir a incidência de uma prática não é bom defini-la como um direito. Tem de haver um esforço para encontrar outros caminhos, como se tem tentado para a violência doméstica, a pornografia infantil, a condução sob o efeito de drogas, etc, etc. Até o direito a fumar foi limitado para que finalmente se reduzissem as taxas de tabagismo!
Isabel Teixeira da Mota, Corta-Fitas
O maior erro de política económica que o governo pode cometer é ceder à tentação de combater a crise com a ilusão da criação de emprego, desbaratando num ano os que se conseguiu com vários anos de sacrifícios. Ultrapassada a crise os governos europeus vão descobrir que os défices orçamentais farão perigar a sustentabilidade do crescimento económico e Portugal mergulhará de novo em políticas de austeridade, quando o resto da Europa voltar a crescer estaremos de novo a suportar os custos da irresponsabilidade. O país nem tem poupanças nem capacidade de recuperar de grandes défices orçamentais, qualquer aumento disparatado da despesa resultará em mais um período de dificuldades, enquanto os nossos parceiros recuperarem estaremos a lamber as feridas. Quando for necessário apostar no investimento e na inovação, como condições para assegurar a competitividade das empresas, estaremos a apertar o cinto para corrigir a situação financeira do Estado. Não estamos perante uma crise típica resultante de um ciclo económico, o problema situa-se nos mercados financeiros e a crise será superada quando esses mercados recuperarem a confiança. Não é possível estabelecer previsões, nem a solução tipicamente keynesiana terá os resultados que poderia ter em circunstâncias normais. A solução passa por rigor, por acudir às situações sociais mais graves e por apoiar a manutenção do emprego das empresas que verifiquem padrões mínimos de competitividade e que cumprem as regras da legislação laboral. Se o Estado não tem meios para superar a crise, que reserve os poucos meios que tem para promover o crescimento quando este for viável, evitando a adopção de medidas que o comprometam. Em ano eleitoral a crise será uma tentação, se o governo optar por gastar tem uma boa desculpa, até Constâncio já defende essa solução. A oposição será contra, da mesma forma que apelará à despesa se o governo optar por uma estratégia de rigor. Como é costume neste país, os políticos colocarão os interesses partidários acima dos nacionais, tenderão a optar por soluções de política económica mais em função dos seus objectivos eleitorais do que dos custos a suportar pelos portugueses. É preciso bom sendo, coisa que os políticos não costumam nem gostam de ter em tempo de eleições.
Jumento, O Jumento
Processo 'Casa Pia'
MP pede penas superiores a cinco anos de prisão para todos os arguidos
E serem enrabados todos os dias, pelo menos 1 vez, antes de irem prá caminha. Só lhes ficava bem. Mário Soares pede justiça «à verdadeira escandaleira nos nossos bancos», até concordo contigo ó palhaço, mas no processo Casa Pia dizias que era uma cabala contra o PS e até escreveste um artigo solidário com o Paulo Pedroso. Não achas que só tinhas a ganhar se te calasses e fosses para o Algarve apanhar sol ?
Francis, O Dono da Loja
o polvo unido revoltou-se contra o presidente lula que se viu obrigado a mandar intervir a polícia de choco.
João Gaspar, Last Breath
Obrigado Caro Leocardo pela deferência. É sempre sensibilisante quando alguém nos reconhece. Bem-haja.
ResponderEliminarEu é que agradeço. O mais difícil mesmo é escolher de entre os inúmeros textos de qualidade que o João publica semanalmente. Um abraço.
ResponderEliminarPenso que qualquer dos artigos dos outros "Blogues" foram bem escolhidos..Abraço
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