segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O que foste fazer, Gascoigne...
Quem o viu e quem o vê. Sou um dos que vibrou com as exibições de Paul Gascigne no mundial de 1990 em Itália. Que raça, que estilo, que técnica que aquele rapaz de 23 anos tinha a galgar os relvados de Itália naquele Verão. O futuro era risonho, mas Gascoigne cavou uma cova tão funda que agora dela não consegue sair. Alternou o bom com o muito mau. Ora fazia exibições de encher o olho ou via-se envolvido em problemas com drogas e alcool. Ora divertia miúdos e graúdos com as suas peripécias hilariantes, ou pendiam sobre ele acusações de abuso doméstico. Ora jogava futebol com crianças nas aldeias SOS em África, ora aparecia nos tablóides depois de mais problemas com as autoridades. O seu único filho biológico, Regan Paul, de 12 anos, garante que o pai "vai morrer em breve", e que "não há nada que alguém possa fazer para evitá-lo. O petiz diz ainda que gostava que o pai "o deixasse em paz". O documentário "Surviving Gazza" vai para o ar na BBC no dia de Ano Novo, e além de uma suma dos disparates de Gascoigne ao longo destes últimos anos, podemos ver como conseguiu fazer sofrer os que lhe queriam bem.
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