segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Foi Natal
Mais um Natal que passou, mais um fim de ano que se aproxima. Este ano tive a oportunidade de passar pela segunda vez o Natal em Portugal, desde que vivo em Macau há 17 anos. Foi uma carga de trabalhos, para ser sincero. O jet-lag é insuportável, as malas ainda estão quase todas por arrumar, e só pude parar para respirar mesmo na noite do dia 24, só para passar a sexta-feira seguinte nas sacramentais compras. Mais tralha, mais malas, mais trabalho.
A lezíria continua linda, húmida e com aquele cheirinho a terra molhada que me deixa sempre tantas saudades. Os amigos estão todos óptimos, uns mais gordos, outros com mais filhos, e no fundo todos felizes. Chego à conclusão que sabem sempre melhor em pequenas doses, normalmente tomadas no Verão ou na quadra natalícia, quando as lamentações são sempre secundárias. O bacalhau estava divinal, os sonhos de abóbora (os meus favoritos) deliciosos, havia perú para quem gosta (deu umas belíssimas sandes nos dias seguintes). A mesa estava linda, com cães por baixo e tudo, lareira acesa, árvore ao fundo. Uma cena de pasmar.
O que mais me comove é ver os mais pequenotes abrir as prendas. Como abraçam o pai e a mãe por lhes ter comprado a playstation ou o DVD que queriam, como agradecem com educação ao tio ou à tia que lhes compraram uma camisola ou um par de peúgas ou outra porcaria qualquer, e como transformam a sala numa espécie de casa de jogos electrónicos, cheia de cor, luz e som. Fazem-me lembrar de outros tempos, quando eu próprio desembrulhava aqueles LP's enormes de vinil (o que será? perguntava eu...) ou os livros que tinha passado o ano inteiro a pedir. Era mesmo um 'ganda' betinho. Este ano recebi umas dez gravatas e outras tantas águas de colónia. Toma lá que cheiras mal.
Não tive tempo para ler jornais, ver televisão ou sequer ler blogues. Foi um estado de estupifidicação e letargia agradável, como a de alguns compatriotas nossos que passam uma semana numa ilha deserta qualquer em S. Tomé e Príncipe. Nem quis saber da crise, das gripes, ou do diabo a sete. De volta a Macau vejo que está tudo na mesma, como a lesma. Já queimei as pestanas (e preciso de queimar muito mais) para me inteirar da actualidade, e mais importante que isso, fiquei contente por saber que esta cidade do Santo Nome de Deus passou, isso mesmo, um santo Natal. Boas férias para quem ainda está de férias, e para quem trabalha, não se esqueça que a festa continua na quarta-feira.
Seja benvindo. Cá em casa o Natal foi bom. O bacalhau, muito, mesmo. Mas para o ano, se Deus quisser, o passo no meu país, que nao é o seu.
ResponderEliminarabraço
Estimado Amigo Leocardo, bemvindo a Macau, eu vim passar o Natal e Ano novo a Macau, mas dentro de dias estou de partida para terras do Sião, irei para outras lezirias, pois os jardins de infância em Macau me afligem e de que maneira!...
ResponderEliminarEstou a aguardando seu telefonema para lhe entergar o'especial café Suzuki que trouxe de Bangkok para si.
Um feliz ano novo com votos das maiores felicidades