quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Diz-me com quem casas


O que querem as mulheres? Uma pergunta que nem Freud, o pai da psicanálise, conseguiu responder. Depois de muito bater com a cabeça, lá conseguimos perceber pelo menos o que algumas mulheres querem, e só assim conseguimos quebrar a resistência e deitar abaixo o muro (isto sem qualquer conotação sexual, entenda-se). Podemos nunca encontrar a alma gémea, mas podemos ficar perto. É como não conseguir ganhar a lotaria, mas ter pelo menos a terminação.

Sem querer ser redutor ou generalista, gostava de apresentar uma pequena lista do tipo de homens que se encontram em Macau, quais as mulheres preferem, e porquê. Isto sem querer ser pretensioso, claro. Há quem case por um queca mal dada, porque não sabe o que faz, ou quem não queira casar, pura ou simplesmente. Já dizia o meu avô, nesta grande salada da vida, cabe sempre um tomate a cada um. Doutas palavras.

O obediente – É aquele tipo de homem que não percebemos como há mulheres que gostam deles. Insonsos, trabalhadores, não saem à noite, têm poucos amigos e nenhumas amigas. Dão todo o dinheiro à mulher. O carro é “o veículo familiar”. Têm dois ou mais filhos. São normalmente funcionários públicos, praticam desporto e aderem à Marcha do Milhão do fundo de leitores do jornal Ou Mun, onde marcham com uma garrafinha de água e um boné. Podem não ser o tipo de homem mais elegante ou interessante, mas são obedientes. Uma aposta segura para a mulher que quer passar pela vida despercebida.

O anafado – Já dizia Confúcio “quem não tem massa não come” (isto foi inventado mesmo agora), mas é assim com o anafado. Filho de pai rico, ultrapassou os complexos da sua abominável aparência física e odor repulsivo estudando e garantindo um emprego bem remunerado, normalmente relacionado com informática. Come desalmadamente e não chateia muito. Casa com meninas bonitas, interesseiras e com metade do seu tamanho. Garante-lhes “segurança e estabilidade”.

O pintarola – Para o pintarola o mais importante é o carro, que usa para levar as conquistas a “dar uma voltinha”. Largou os estudos e empregou-se no casino “porque a vida é curta”. Tem muitas namoradas, mas vive com os pais, pois a habitação é cara e o dinheiro é melhor empregado noutras coisas. Nas férias vai passear a Hong Kong ou a Taiwan. Segue de perto a moda, e muda de telemóvel de três em três meses. Tem centenas de nomes de meninas na lista telefónica, mas a namorada não sabe. Tenta arranjar tempo para todas, pois “nunca se sabe”. Nunca diz não e nunca fecha a porta a um relacionamento furtuito. Acaba por casar com uma infeliz qualquer, sem nada na cabeça. Depois arrepende-se.

O porreiro – É qualquer coisa entre o anafado e o pintarola. É mais dócil que estes dois. É um pinga-amor. Tem normalmente o ensino superior e um emprego sentado. Não segue tanto as modas, mas tem carro, um “utilitário” para os fins-de-semana. Conhece de cor os últimos sucessos da cena pop de Hong Kong. Frequenta karaokes, aposta no futebol (gosta dos clubes ingleses), dorme sempre tarde e por isso tem um ar cansado. Não gosta de estrangeirismos. O Japão e Taiwan são os lugares de eleição para passar férias. Casa com outra porreira como ele, e têm um ou dois filhos porreiros.

O tubarão – Um caso sério, este predador dos aquários das saunas. Ao contrário dos restantes, este é facilmente identificável. Pulseiras e colares de ouro, anéis de diamante. Vestem camisola cinzenta e casaco preto, cabelo penteado para trás, com gel. Comerciantes ou malandrecos, ou as duas coisas, não escondem as ligações com o submundo do crime. Têm uma mulher em casa que não trabalha e gasta-lhes o dinheiro. Têm filhos que poucas vezes vêem, e chegam a passar dias sem ir a casa. Têm resmas de amantes (uma na China, inevitavelmente), e para eles o sexo é um exercício de poder. São ideais para mulheres que gostam de dinheiro e não querem um marido em casa a chatear. São um exemplo da familia disfuncional.

O galifão – Quer ser tubarão mas falta-lhe a classe, o dinheiro e sobretudo as ligações. São empregados da hotelaria, ou por conta de outrém, serventes ou motoristas, com poucos estudos mas com um nível de vida ligeiramente melhor que os empregados da construção civil. Vivem maioritariamente na zona norte da cidade. Não passam sem uma ida à vizinha Zhuhai para mandar um tirinho; são os tais que vemos a tapar a cara nas reportagens da TDM feitas nas imediações das Portas do Cerco. Alguns precisam de dois ou três empregos para sustentar as amantes, e as mulheres, coitadas, são passivas ou simplesmente ignoram a vida miserável que levam.

O estrangeiro – Depois da retirada da guarnição do exército português nos anos 70, estes foram sendo cada vez menos comuns. Mas mais recentemente têm voltado a ser moda os casamentos entre chinesas e estrangeiros. Não só portugueses, mas também americanos, franceses, africanos, todos os tipos. É o grupo onde me incluo, às vezes felizmente, às vezes nem tanto. As meninas que optam por um estrangeiro querem dar um toque de modernidade, acham-se demasiado boas para as opções acima referidas, ou viram muitos filmes com o Tom Cruise ou Keanu Reeves. Ou todas estas razões. Como é? Tem os seus dias. As diferenças culturais vêm às vezes ao de cima, mas nada de alarmante, desde que haja uma língua em comum (o inglês, especialmente). É preciso paciência de chinês…

19 comentários:

  1. O estrangeiro....ahahahha - escolhem porque são materialistas e submissas. Quanto aos homens não vejo como é que conseguem manter um casamento, uma relação, uma vida, com alguém que não sabe conversar, que se limita a ser materialista e submissa. Alguém que tem costumes completamente diferentes aos que os ditos estrangeiros foram educados principalmente pelas suas mães.
    Eu até diria porcas, sim porcas na limpeza da casa, na roupa encardida que as crianças e até os maridos estrangeiros se apresentam entre tantas outras coisas.
    Talvez essa a razão de ver tantos estrangeiros, portugueses essencialmente, completamente frustrados, pelas ruas de Macau procurando junto de outras pessoas o que lhes falta em casa.

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  2. O melhor comentário deste blog!
    Tocou tanto na ferida que nem o próprio Leocardo conseguiu arranjar argumento à altura.

    Quase me atrevia a dizer que é uma anónima, tal como eu!

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  3. estas duas frustradas que foram encornadas pelos maridos por orientais vieram aqui mostrar o porque^ dos homens ocidentais optarem por outra cultura. quanto a limpeza queridinhas eu sei muito bem donde vem o cheiro a bacalhau

    Voces as duas ja'nao andam pelas ruas de macau porque o Darling ja'fechou tal era a pouca vergonha :) e'assim minhas lindas a idade passa e nos' optamos pelas novinhas e menos chatas

    beijinhos ao gato

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  4. o anónimo das 22:39, pela teoria do Leocardo, faz parte da classe do galifão. sem nível e ignorante e deve ter a mulher a render.

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  5. 23.47
    doi nao doi, muh muhuuu

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  6. Para o anónimo das 22.39

    Posso começar por dizer que a ordinarice e a ignorância impera o seu meio.
    Aceite o comentário ao artigo e limite-se a analisar as palavras dos outros sem ofender ninguém. Pois eu não o ofendi. Apenas me limitei a opiniar sobre o artigo.

    E mais quando digo "Talvez essa a razão de ver tantos estrangeiros, portugueses essencialmente, completamente frustrados, pelas ruas de Macau procurando junto de outras pessoas o que lhes falta em casa", os leitores do blog fazem a interpretação que entenderem.
    Talvez o diga porque eu sou uma dessas pessoas a quem o estrangeiro portugues tenha procurado para falar das suas frustrações com a sua esposa chinesa materialista e submissa.

    Passe bem

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  7. Fantástica posta, com divertidos e elucidativos comentários. Este blogue estava a ficar amorfo, mas recuperou muitos pontos com esta posta.

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  8. Quem anda frustrado aqui na Ásia são as mulheres ocidentais permanentemente encornadas pelos maridos.
    E quem os censura, com tanta coisinha fofa de olhos em bico desejosa de encontrar um ocidental alto, forte, cavalheiro, e bem abonado de massas e de pila?

    Há muita gente que protesta pelo facto dos chineses serem mal educados, fumarem muito, falarem aos berros, etc e tal.

    Pois eu acho muito bem que eles sejam assim, pois desta forma mais as asiáticas gostam de nós.

    E quanto ás ocidentais, minhas caras, se querem um homem de jeito então voltem para a vossa terra, a não ser que queiram um chinês, o que não me parece.
    Porque os homens de jeito, como eu (modéstia á parte), aqui preferem as asiáticas.

    As ocidentais nem para uma queca ocasional servem, começam desde logo a chatear os cornos a um gajo.

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  9. Grande post e comentários ao mesmo nível. Muito bom

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  10. ... há uns anos atrás dizia-se: «português f*** bem mas paga mal!»

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  11. Bem a ideia foi falar do tipo de homens que as meninas de cá procuram para casar, longe de mim imaginar que ia haver uma guerra entre os portugueses e as portuguesas pela "propriedade sentimental".

    Anónimo das 0:48, penso que os temas são quase sempre, modéstia à parte, interessantes. Se faltam comentários é porque se calhar toda a gente concorda. Agora já reparei que os temas de cariz social têm sempre mais concorrência que os temas de conteúdo político. Ainda bem.

    Hugo: obrigado, um abraço!

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  12. Grande post!
    Mas o fenómeno não se restringe apenas a Macau ou outras bandas asiáticas. Eu, por Portugal, vejo muitas semelhanças com estas inesperadas definições de homens. Se se omitir os olhinhos em bico, percebemos como cá a situação é TÃO familiar.

    Mas o que mais aprecio nesta descrição é a visão de um homem sobre os homens. Demonstra um enorme poder de observação.

    Mas no que me diz respeito, acrescento que não há nada como um homem normal. Ou seja, sem rótulo!

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  13. "Eu até diria porcas, sim porcas na limpeza da casa, na roupa encardida que as crianças e até os maridos estrangeiros se apresentam entre tantas outras coisas.". Isto não é ofender? Bom...ok. Pronto. Seja.

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  14. Claro que é ofender, mas estas ressabiadas só vêem a ofensa nas declarações dos outros. Devem ser as mesmas que não vão aqui e ali porque se acham muito acima de tudo e todos e não frequentam determinado tipo de lugares devassos. Mas é dar-lhes, por exemplo, um strip masculino, e vão vê-las aos gritos e a darem trabalho aos seguranças porque não se contêm e querem saltar à força para cima dos strippers. Mas, para elas, putas são sempre as outras, sobretudo as que lhes conquistam os homens portugueses. Não admira que os homens portugueses tenham sido grandes navegadores e ainda hoje fujam por esse mundo fora. Com mulheres destas, quem não fugiria?

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  15. Com tantas chinesas por Macau à espera de encontrar um homem, e pelos vistos, as coisas fofas de olhos em bico só têm coisas boas, porque ainda há aí tantos que se ficam pelas portuguesas?

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  16. Porque há muita gente com os gostos mais inacreditáveis.

    Há muita gente que gosta do Tony Carreira, de comer patas de galinha ou que são adeptas do foculporco.
    Isto só para citar alguns exemplos.
    Portanto tambem é natural que haja gajos que gostam de viver atracados a mulheres tugas que começam a engordar aos 15 e não param mais, e que chagam os cornos a um gajo por dá cá aquela palha.

    Mas cada um tem aquilo que merece

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  17. Pois também há gostos inacreditáveis no que toca aos homens. Para que hão-de as mulheres se atracar aos portugueses que até podem ter a pila grande, mas sofrem de ejaculação precoce, têm mais pêlos que os macacos e só gostam de bola e bejecas?

    Mais vale um chinês que ao menos gasta o cartão platina connosco e não se importa que não cozinhemos, não limpemos a casa e não lhes façamos bobós enquanto vêem o fucolporco.

    As chinesas podem não começar a engordar aos 15, eu também não e já vou nos 30 e mantenho os meus belos 53 kilinhos. Podem não vos chatear, mas só porque não falam a língua delas, porque para caprichosas, chatas, infantis e melgas estão cá elas! Para não falar das mamas a menos e dos pêlos a mais. As mulheres querem-se como as belas garrafas de Coca-Cola, com curvas, não como a tábua de engomar que elas nem usam!

    Haja paciência!

    Os portugueses que aqui arranjam chinesas é porque são tão feios, tão gordos que nenhuma portuguesa lhes pega e para se sentirem machos arranjam uma chinesa desejosa de encontrar um estrangeiro para as tirar da miséria e de Macau! Coitadinhas, andam enganadas!

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  18. Meu deus, quanta dor de cotovelo:)

    Eu não vou perder tempo a refutar todos os pseudo-argumentos apresentados por esta encornada.

    Chega-me só a ultima frase:
    Um estrangeiro para as tirar da miséria e de Macau.

    Para quê? Para as levar para esse paraiso de desenvolvimento chamado Portugal?

    Tenha juizo.
    E já que gosta tanto de homens chineses, pois arrange um.
    Se calhar já arranjou, e anda ainda mais frustrada do que se não tivesse arranjado nada.

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  19. Verdadeira conversa da treta! Mas deve ser da crise.
    Falam como se soubessem qual é o sexo dos anjos. E nao se esqueçam daquele ditado portugues: antes só que mal acompanhado(a).

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