quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O abuso dos táxis


A recém-criada Direcção dos Assuntos de Tráfego (DST), está "preocupada" com o comportamento dos taxistas, que cobram taxas astronómicas a clientes durante os dias de tufão. Foram registados casos em que taxistas cobraram 200 ou 300 patacas por corridas ao aeroporto de Macau (o que nem faz sentido, uma vez de durante o tufão não saem quaisquer vôos...), quando o preço normal situa-se entre as 40 ou 50 patacas. A DST pede aos utentes que "apresentem queixa", mas quando se liga para o tal número e se é atendido por uma gravação, perde-se a vontade, come-se e cala-se. Enquanto as regras que regulam os táxis vão ficando na gaveta, as tarifas vão aumentar já na próxima segunda-feira, 1 de Setembro, sem que se tenha melhorado a qualidade do serviço.

É um caso típico de novo-riquismo. Ainda me lembro bem dos tempos da crise asiática, quando bastava coçar a cabeça para que parassem dois ou três táxis à nossa frente. Hoje os taxistas escolhem os clientes. Um amigo meu diz que pára no meio da estrada em frente aos táxis de braços abertos, para ter a certeza que o "vêem". O que é preciso resolver em primeiro lugar é esta questão dos tufões. O sinal 8 de tempestade tropical significa que se deve permanecer no domicílio, e que é perigoso permanecer na via pública.

Esta é a mensagem que tem que ser passada de uma vez por todas junto da população, dos serviços públicos e das empresas privadas. Sinal 8, toda a gente para casa. Assim evitam-se estes incómodos, estes assombros e situações de aproveitamento indevido por parte dos profissionais de táxi, ou outros que se queiram aproveitar da situação. É altura de parar de fazer contas aos "prejuízos" que implicam a paralisação dos serviços, e já agora os senhores taxistas também podem ficar em casa. Com a natureza não se brinca...

Veja aqui a reportagem da TDM.

3 comentários:

  1. E já agora, gostava de saber porque raio é que a subida das tarifas vai para a frente numa altura em que o governo isentou a gasolina de imposto, tornando-a mais barata.

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  2. E quem tem de trabalhar precisamente por estar tufao e nao tem carro? Vai como? A pe?

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  3. Leu com atenção? Não vai trabalhar.

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