sábado, 5 de julho de 2008
Indiana Jones e os pulos no sofá
Tive finalmente tempo e oportunidade de ver Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, e em boa hora. Que maravilha de filme, que não fica atrás de qualquer outro da série do professor/arqueólogo/aventureiro, que me deixou aos pulos no sofá. É verdade que o último filme foi há quase 20 anos, e que pena também. Da cabecinha de Spielberg podiam ter saído mais três ou quatro filmes, pelo menos, deste herói de matiné, de chicote na mão e chapéu de aba larga.
Os críticos do filme pegaram em argumentos algo fúteis para expressar o seu desagrado, como o facto dos produtores "quererem fazer dinheiro". Pudera. Quem, e principalmente na indústria cinematográfica, trabalha de borla? Outros argumentos prendem-se com a incredibilidade de alguns dos argumentos, nomeadamente as tais estradas paralelas na selva Amazónia ou a explicação sobre a existência de extraterrestes. Se calhar é mais fácil acreditar em arcas bíblicas que derretem a cara de nazis, seitas indianas subterrâneas que arrancam corações com as mãos ou cruzados com séculos de idade que guardam o cálice de Cristo. Sim, os mesmos elementos presentes nos últimos três filmes.
Harrison Ford regressa no papel de Indiana Jones, e que diabo, este gajo não tem idade. Para mim parece exactamente igual ao Indiana Jones do último filme, em 1989, ou até do primeiro, em 1981. Este é um actor que estará para sempre associado a este papel. Até gostei dele em Witness ou Frantic, mas é sempre difícil imaginá-lo noutro papel que não o de Indy.
E este filme tem mesmo de tudo, desde loucas perseguições, duelos de espada, e até formigas carnívoras. Não ficou de fora nem o tema original de John Williams. Quem gostou dos outros três, vai gostar certamente deste; quem não gostou nem vale a pena perder o seu tempo. Ah é verdade, os russos têm mesmo razão de queixa. Os comunistas não chegam aos calcanhares dos nazis como carne para canhão.
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