quinta-feira, 10 de julho de 2008
Ho entra
A SJM vai mesmo entrar na bolsa de valores de Hong Kong, ultrapassada que foi a última barreira e negado o provimento da irmã de Stanley Ho, Winnie Ho, que considerava que a SJM "não cumpriu as leis da RAEM", num processo que se arrasta há mais de dois anos.
Pouco me interessam estas guerras entre magnatas, ou a motivação de Winnie Ho, que investe o couro e cabelo numa guerra perfeitamente imperceptível contra o seu próprio irmão. Nem a mim e certamente nem à maioria da classe média e baixa de Macau, que constitui a maioria da população residente no território.
No entanto congratulo-me que algures na região haja um sistema de justiça consciente, que realmente funciona. O juíz Anselmo Reyes, do High Court de Hong Kong considera "sem sentido" as alegações de Winnie Ho de que o mercado bolsista da RAEHK "nada tem a ganhar" com a entrada da SJM.
Pelo contrário, considera este magistrado. "O facto do Governo da RAEHK desencorajar os seus residentes a jogar não impede que o mercado e os cidadãos de Hong Kong venham a lucrar com esse negócio". E acrescentou que: "Se algumas pessoas querem perder incoscientemente dinheiro fora de Hong Kong no jogo, gerando lucros a uma companhia, o que impede a população de Hong Kong de não lucrar com a parvoíce dos outros?". Disse pouco e disse tudo.
Será que é ela que investe?
ResponderEliminarA decisão do Reyes é de facto exemplar.