domingo, 29 de junho de 2008
Europa rendida à "furia" espanhola
A Espanha é o vencedor merecido do Euro 2008, ao vencer a Alemanha na final do EstádiO Ernst Happel, na Áustria, por uma bola a zero. O resultado peca apenas por escasso, uma vez que os espanhóis foram sempre mais perigosos que os teutónicos. O golo foi marcado por Fernando Torres aos 33 minutos. Os alemães cresceram na segunda parte, especialmente depois da entrada de Kevin Kuranyi, mas a defensiva montada por Luís Aragonés nunca lhes permitiu grandes veleidades. Iker Casillas esteve seguro, principalmente a sair dos postes. Tivesse Portugal um guarda-redes assim...
A defesa alemã provou ser bastante permeável, e o pânico surgia cada vez que a Espanha atacava. Os teutónicos, que num passado recente tiveram defesas do calibre de Andreas Brehme, Jurgen Kohler ou Matthias Sammer, têm hoje um grupo de rapazes que não serve nem para lhes enxugar as botas. Valeu o guardião Lehmann para evitar a goleada. Joachim Low não é um treinador com carisma, e apenas a qualidade de extremos como Schweinsteiger e Podolski ou avançados como Klose, e uma grande dose de sorte, empurrou esta Alemanha até mais uma final.
A Espanha foi a melhor equipa do Euro: ganhou mais jogos, marcou mais golos e consentiu apenas 3. Destaque para as exibições de Sergio Ramos, Marcos Senna (o primeiro brasileiro a ganhar um Euro) e do grande ausente desta final: David Villa. Isto num conjunto com jogadores de qualidade em todas as partes do terreno, e um banco com alternativas credíveis. A Espanha terá sido consistentemente uma boa equipa nas últimas competições, e desta vez teve a pontinha de sorte que lhe tem faltado. Raul Gonzalez ficou em casa, deu razão a Aragonés e deve ser hoje um homem muito triste.
Cai o pano sobre este Euro2008, e só me resta dar os parabéns à Espanha. Não foi bem o desfecho que muitos de nós queria, mas é preciso dar mérito a quem o merece. Vamos ver se a "furia" se confirma em 2010 na África do Sul. Quanto à grande festa da UEFA, só daqui a quatro anos, na Polónia e na Ucrânia.
Campeoooooones!!! ;)
ResponderEliminarO Espanhol
Parabéns, Curro!
ResponderEliminarO que vale é que Portugal acaba de dar o primeiro passo para poder pensar em ser também campeâo um dia: ficou sem o Chocolari.
ResponderEliminarGostaria de perguntar ao anónimo ( que ou muito me engano ou é portista) o que é que a selecção ganhou antes do Scolari.
ResponderEliminarVeja os resultados anteriores da selecção e dos seleccionadores anteriores ao Scolari e chegará á única conclusão inteligente que é possivel chegar: O Scolari foi o melhor seleccionador da história do futebol português.
Nenhum outro conseguiu os resultados que ele conseguiu.
Mas espero que a seguir venha um melhor que ele e que ganhe qualquer coisa.
Mas pelo andar da carruagem e pelas conversas queiroseanas que tenho ouvido, acho que não vamos ter sorte nenhuma.
Faço a pergunta ao contrário: o que é que a selecção ganhou com o Scolari? Foi a uma final. Mas nunca ninguém antes tinha tido a oportunidade de jogar em casa, como Scolari teve. Agora, quartos-de-final. Isso já o mal amado Oliveira tinha conseguido, não se lembra? Aliás, Scolari nunca ganhou às selecções que os treinadores anteriores também não conseguiam ganhar. E foi o único que perdeu sempre com a Alemanha. Apenas uma excepção: a vitória sobre a Espanha no Euro 2004. Mas até aí teve sorte: o Pauleta estava castigado e o Nuno Gomes teve de jogar e marcar um golo. Se não fosse isso, lá jogava o perna de pau(leta) e não se marcava nenhum golo. Do Scolari, assim de repente, lembro-me de um empate com o Liechtenstein e de, nesta última fase de apuramento, não ter conseguido ganhar a nenhum dos quatro primeiros classificados. Foi melhor do que os outros em sorte, porque foi o único que, por jogar em casa, não precisou de fazer a fase de apuramento em 2004 e nas seguintes beneficiou do alargamento da Europa, que fez com que os grupos de qualificação se tornassem mais acessíveis. Ou também não se lembra que dantes apanhávamos selecções como Itália, Alemanha ou França logo na fase de apuramento? Scolari ganhou algum jogo à Alemanha, à Itália, à França? Não, mas ganhou à Inglaterra e à Holanda. Só que isso Oliveira e Humberto também faziam. E Humberto não empatava com o Liechtenstein, ganhava por 7 ou 8.
ResponderEliminarE nem era preciso dizer tanto. Basta esperar pela época no Chelsea para ver quanto vale o Scolari. Será que fica lá um ano?
ResponderEliminarMeus caros, com o Scolari Portugal foi vice campeão europeu, 4º classificado no Campeonato do Mundo e neste Europeu cumpriu o minimo que se esperava.
ResponderEliminarCom algum outro seleccionador Portugal conseguiu isto tudo junto?
Não me venham com conversas de sorte ou de alargamentos da Europa. a sorte tambem faz parte do futebol, e se o Scolari teve sorte, tanto melhor para Portugal.
Quem me dera que ele tivesse tido aínda mais.
E essa de jogar em casa, parece que todas as equipas que jogam em casa têm obrigatoriamente de ganhar.
Então jogando em casa Portugal tinha o dever de ser campeão?
Mas Portugal antes disso foi campeão de alguma coisa, sem ser de juniores?
Francamante, olhem bem para o historial da selecção, mesmo no tempo do Eusébio.
Houve aquele 3º lugar em Inglaterra, mais nada.
Mesmo nos anos sessenta Portugal nunca foi apurado para nenhum europeu e só foi apurado para esse mundial.
E vem-me falar do empate com o Lichenstein...
Essa foi tão irrelevante e inconsequente que eu já nem me lembrava. Tal como provavelmente você nao se lembra das derrotas do Porto frente ao Atlético e ao Fátima.
Nem tem que se lembrar porque não significam nada.
E fala-me do Oliveira.
Com o Scolari Portugal nunca teve nada de tão vergonhoso como aquela presença no Mundial do Japão e Coreia.
Ah, mas já me tinha esquecido. A culpa não foi do Oliveira, foi do estágio em Macau.
Cumprimentos
Você parece que apenas tem em atenção os resultados deste ou daquele jogo, contra esta ou aquela selecçao.
ResponderEliminarA mim interessa-me mais o lugar em que Portugal fica nas competições em que participa.
Com o Scolari Portugal não ganhou nada.
Mas tambem nunca esteve tão perto de ganhar.
Não exija tanto de Portugal, pois Portugal não é o Brasil, a Alemanha ou a Itália.
Portugal não é um candidato a titulo nenhum, mesmo quando joga em casa.
Ou quer-me parecer que essas suas exigencias relativamante a Portugal tem apenas a ver com a alergia ao Scolari.
O problema é que a maioria dos portugueses têm memória muito curta e atribuem a Scolari o mérito de tudo e mais alguma coisa. Mas tenho esperança que, finalmente, venha para a selecção principal o maior responsável pelos sucessos desta: Carlos Queirós, o que formou a chamada "geração de ouro" do futebol português. Como se calhar a minha memória chega um bocadinho mais longe, lembro que Portugal está sempre nas fases finais do Europeu desde 1996 (ano em que o Europeu foi alargado de 8 para 16 equipas). Já ouvi muito ignorante gabar isso a Scolari, quando Scolari só teve de pegar numa equipa que já vinha fazendo algum sucesso: quartos-de-final em 96, meias finais em 2000. Scolari começou logo por uma benesse que mais ninguém teve: não precisou de se apurar para 2004 e, não sendo obrigatório ganhar em casa, a verdade é que o factor casa facilita e muito. Agora ficou pelos quartos-de-final. Não é mau, mas é o mínimo que Portugal faz desde 96.
ResponderEliminarBem vistas as coisas, o melhor resultado de Scolari até é o quarto lugar do Mundial. Mas Portugal esteve presente em 2002. Quando fala na vergonha de 2002, não sei exactamente a que se refere. Se é ao resultado com os Estados Unidos, tem toda a razão (esse foi o resultado que deu cabo de tudo); se é ao resultado com a Coreia, tenho de lhe lembrar (lá está, é a memória) que essa mesma Coreia eliminou a seguir a Itália e a Espanha (e lá está, a jogar em casa); se é à vergonha da agressão do João Pinto, relembro-lhe vergonha parecida e bem mais recente do Scolari.
Só mais um paralelo, pois quer queira quer não, estes pormenores é que fazem a diferença: não se deve lembrar, com certeza, que Portugal não foi ao Mundial de 98 porque só uma selecção do grupo tinha acesso directo ao Mundial e Portugal tinha logo de ter por companhia no grupo a Alemanha (uma das tais selecções a que Scolari nunca conseguiu ganhar). Se agora ainda fosse assim, mesmo sem nenhuma selecção de topo a fazer-nos companhia, sabe o que teria acontecido, não sabe? Adeus, Euro 2008!
O melhor seleccionador da história do futebol português! Herdou foi uma selecção como Portugal nunca tinha tido, e herdou-a na curva ascendente. Agora já estava na curva descendente: final / meias finais / quartos-de-final. Se calhar não foi por acaso que se foi embora agora, já estava a adivinhar o que ia acontecer a seguir. Porque qualquer pessoa que perceba um bocadinho de futebol sabe que Scolari até tem jeito para unir as pessoas e tal, mas tecnicamente é uma nulidade. Como o provará agora no Chelsea, estou convencido. Ah, foi campeão pelo Brasil! Com um bocadinho de sorte, até eu podia ser campeão pelo Brasil...
Lembro-lhe que Portugal conseguiu as boas classificações com o Scolari não com a geração de ouro do Carlos Queiroz, mas sim com a geração logo a seguir. Com excepção do Figo, os outros jogadores dessa geração já não tomaram parte da selecção de Scolari ( Rui Costa, Vitor Baía, Fernando Couto, João Pinto, etc.).
ResponderEliminarSe quer atribuir méritos a outro treinador que não ao Scolari, então deverá atribui-los ao Mourinho.
Mas foi o Scolari que fez a transição na selecção entre essa geração e a actual.
Quanto a achar que deve ser o Carlos Queiroz o próximo seleccionador, eu discordo, como já deve ter reparado.
O Queiroz é um bom adjunto e um bom treinador de juniores. Mas como treinador principal de séniores o Queiroz até agora não mostrou nada. É só ver o que ele fez no Sporting e no Real Madrid. Essa tal selecção que fez algumas coisas agradaveis antes do Scolari não era a mesma com o Scolari.
A vergonha de que eu falo no Mundial de 2002 é todo um conjunto de coisas que culminou com Portugal ficar-se pela 1ª fase.
A começar, claro está, com a derrota frente aos EUA, essa sim com consequências importantes para o futuro da seleção nesse Mundial e não o empate frente ao Lichenstein, que não teve consequências e Portugal foi apurado para o Europeu.
Meus caros falemos claro: o ódio de muita gente ao Scolari deve-se a uma coisa só, coisa essa que se chama Vítor Baía.
Ao excluir a vaca sagrada dos portistas e mostrar-se independente aos habituais poderes podres que dominam o futebol português, o Scolari ganhou o ódio da aldeia portista.
E quanto a mim o Vítor Baía sabe muuuuuito bem o que se passou, ele que não se faça de inocente, pois para o Scolari lhe ter feito aquilo é porque a coisa foi mesmo feia.
Mas felizmente o resto da população portuguesa e o resto dos jogadores sempre estiveram com o Scolari.
E concerteza que 5 anos já são tempo suficiente e ele deve partir para outra, como qualquer outro treinador o faria.
Não considero que isso seja fugir, mas sim o fim normal de um ciclo em futebol.
Cumprimentos
Tudo bem mas... Campeooooones!!! ;)
ResponderEliminarFamosos no INFERNO
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