Um cidadão paquistanês de 24 anos foi detido ontem à noite no terminal de jetfoil em Macau, suspeito de ter assassinado quatro prostitutas em Hong Kong, entre Sábado e a madrugada de segunda-feira. Uma acção conjunta entre a polícia de Macau e do território vizinho resultou nesta detenção, depois de terem sido efectuadas escutas telefónicas.
É a notícia do momento em Hong Kong. Quatro prostitutas que exerciam a sua actividade em quartos privados foram encontradas sem vida em menos de 72 horas. A situação gerou pânico entre as profissionais do sector que se recusaram a trabalhar desde ontem. As vítimas tinham entre 27 e 35 anos e trabalhavam em distritos tão diversos como Tai Po, Yuen Long e North Point.
Um criminologista de Hong Kong definiu o perfil do serial killer. A julgar pelo curto período em que os crimes foram perpetrados, era alguém que precisava deseperadamente de dinheiro, que tinha dívidas ao jogo e/ou outras, mas que "não odiava prostitutas", dado o carácter pouco sangrento dos crimes. O superintendente da polícia de Hong Kong, Steve Li, admite a hipótese dos crimes não terem sido executados por apenas um indivíduo.
Esta onda de crimes veio reacender o debate sobre as condições de segurança das profissionais do sexo em Hong Kong. A maioria das prostituas em Hong Kong trabalham e vivem sozinhas em apartamentos alugados, onde recebem diariamente vários clientes que angariam por telefone ou nas ruas.
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