terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Terrorismo à portuguesa
A polícia do Porto prendeu na noite de Domingo Bruno 'Pidá', alegado líder do gangue da Ribeira, um grupo que tem vindo a aterrorizar a noite da invicta nos passados seis meses. A acção das autoridades portuenses surge após dois homicídios consumados, vários homicídios tentados, ameaça, extorsão, receptação e posse de armas proibidas. Só isto.
Os alegados (detesto esta palavra) meliantes tinham na sua posse várias armas proibidas, estão associados à claque (outra vez as claques) dos Super Dragões e são também acusados de "terrorismo". E já agora porque detesto esta palavra, 'alegados'? Porque serve para branquear as maiores barbaridades possíveis e imaginárias. E que tal observar este vídeo (obrigado VICI), que é praticamente uma confissão? E já agora que tal acusá-los também de atentado à língua portuguesa (rimar "plastrom" com "muniçom", bem...)?
O mais surrealista foi ver nas notícias um dos familiares (irmã? namorada?) dos chungosos alegar que "não pode haver terrorismo". E porquê? Porque "terrorismo implica atentado contra pessoas e bens públicos". Ou seja, rebentar com o edifício das finanças ou com o edifício administração pública é terrorismo. Rebentar com o Hotel Lisboa ou o banco da China já não é. Que bom, "coraçom".
A ralé escumalha a fazer rimas... LOL
ResponderEliminarCaro Vitório,
ResponderEliminarPor muitos crimes de que venham acusados, não parece que lhe fique bem a si descer de nível e usar o termo "Ralé escumalha". Que sejam investigados, acusados e, se provados os factos, condenados. Afinal estamos também a falar de portugueses ou não. Neste caso, do Porto.
Quanto ao post, parabéns Leocardo pelo bom humor, apesar de tudo, ao comentar a notícia.
O que não se pode deixar passar é esta nova tendência em Portugal: criarem-se equipas especiais de investigação. Então a PJ do Porto (que é conhecida por trabalhar muito e bem) não chega para investigar e levar os suspeitos à barra dos tribunais?
A única razão que eu encontro, se calhar deve-se ao facto de agora os polícias portugueses se calhar não estarem virados para ser acusados de crime de sequestro se detiverem alguém que não esteja a cometer um crime em flagrante delito...brilhante esta nova medida. Enfim, o que se pode esperar do Ministro Costa? Provas de brilhantismo jurídico e de cooperação com os tribunais já ele deu bastantes quando aqui esteve...
Cumprimentos e votos de um Feliz Natal.
Caro leocardo,
ResponderEliminarObrigado pela referência.
Gostaria de dar duas achegas:
1- Parece-me quase tão patético como os próprios visados, apelidá-los de ralé e escumalha.
2- É por demais evidente que as instâncias judiciárias não actuaram da forma que lhes seria exigida.
Abraço e bom Natal!
O maior problema do Ministro Costa nem é a "Guerra das Tríades da Segurança", mas sim o facto destas tríades existirem.
ResponderEliminarO negócio da segurança privada só é negócio porque não existe segurança pública.
É um exemplo em que a intervenção do Estado está a ser substituída pela iniciativa privada, tal como a saúde e a educação.
Desta forma, espera-se uma baixa significativa nos impostos em Portugal.
Bom Natal a todos.
O pior é que em Portugal estes individuos têm uma grande margem de manobra. É preciso que a situação passe das marcas ou que a imprensa ande em cima das autoridades e do Governo para que se mexa um dedo. Bom Natal a todos e aos que vão de férias, boas férias.
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