Esta criatura na imagem - e peço desde já desculpa pela violência da imagem - chama-se Jayda Fransen, e caso ainda se estejam a interrogar quanto ao género, é uma mulher sim, mais precisamente uma bifa. Eu sei, eu sei: livra! Jayda tem 30 anos e é "deputy leader", seja lá o que isso for, do Britain First, um partido nacionalista que é assim uma espécie de PNR lá do sítio. Os bifes xenófobos que não são completamente acéfalos ou são demasiado orgulhosos para admitir que são umas bestas votam no UKIP (Independence Party) de Nigel Farange, de quem falarei mais à frente, enquanto os mais "crentes" (leia-se "completamente idiotas") juntam-se a estes tipos. Jayda é a nº 2 de Paul Golding, presidente do partido, de que já falei algumas vezes, e mais recentemente neste artigo, e agora é notícia por ter sido condenada a uma pena de seis meses de prisão convertível numa multa de cerca de duas mil libras, culpada do crime de discriminação com base na etnia e crença religiosa. Muito bem, ou melhor, muito mal, e o que fez este "anjinho"? O que não fez e devia ter feito era ficar quieta, mas pronto, não dá para mais - é o que há.
Tudo aconteceu a 23 de Janeiro deste ano, quando Jayda e os seus amiguinhos tiraram o dia para ir chatear os residentes do pacato bairro de Bury Park, em Luton, onde se concentra a comunidade islâmica daquela cidade de Bedfordshire. Os membros do Britain First chegaram ostentando crucifixos de madeira brancos, como aquele na imagem em cima, e espalharam-se pelas zonas mais frequentadas, distribuindo um folhetim onde se lia na capa "Começou a III Guerra Mundial: o Islão contra o resto do mundo". Escusado será dizer que o público alvo dos membros do BF não eram os cidadãos desinformados sobre o local onde viviam - que disparate, até para estes tipos - mas sim os próprios islâmicos. Coisa perfeitamente inocente, esta de ir até um bairro de uma cidade deixar claro aos seus residentes que são vistos como "o inimigo a abater". Afinal trata-se "do exercício da liberdade de expressão na sua forma mais salutar", citando a lontra da Maria Vieira. Só que a certo ponto...
Uma das residentes do bairro, Sumayya Sharpe, que vinha acompanhada dos seus dois filhos (só faltam mais seis, ó Hugo Gaspar), recusou o panfleto do BF, alegando que "ia contra os seus princípios e crença religiosa". E fez isto de uma forma educada e civilizada, sem se fazer explodir, ou decretar uma "fatwa" contra o indivíduo que...bem, o indivíduo que a estava a provocar e insultar, no fundo. Mas como se isso não fosse suficiente, Jayda Fransen, que assistia à cena do outro lado da rua, correu disparada na direcção da mulher, e desatou a proferir as maiores barbaridades a seu respeito, e entre as mais graves, afirmou que ela usava um 'hijab' - aquele tipo de véu islâmico que vemos a senhora a usar na imagem em cima - para, e atenção a isto, "impedir que o seu marido a violasse", pois "é um selvagem que não consegue controlar os seus instintos", e "muitos como ele vêm para Inglaterra para violar mulheres" - aqui suponho que seria mais "wishful thinking" do que outra coisa qualquer. E tudo isto em frente às crianças, para as quais este tipo de coisa já não deve ser completamente estranha, tragicamente. Sharpe respondeu que é uma "islâmica britânica", e tem todo o direito de usar aquela indumentária, e ainda pediu moderação à cavalgadura, que com aquele gorro enfiado naquela mona pintada parece mais uma bruxa. Yuck. Seja como for, as autoridades acabariam por ocorrer ao local, por este e mais uma série de motivos que penso nem ser preciso enumerar, reportou o incidente, e tudo acabou esta seman com o tribunal a condenar Jayda de três crimes. Já agora permitam-me que deixe bem claro que todos os factos que aqui relatei constam do processo judicial, eu não estava lá e não vi, mas se quiserem podem ver este vídeo e tirar as vossas próprias conclusões:
Uma das residentes do bairro, Sumayya Sharpe, que vinha acompanhada dos seus dois filhos (só faltam mais seis, ó Hugo Gaspar), recusou o panfleto do BF, alegando que "ia contra os seus princípios e crença religiosa". E fez isto de uma forma educada e civilizada, sem se fazer explodir, ou decretar uma "fatwa" contra o indivíduo que...bem, o indivíduo que a estava a provocar e insultar, no fundo. Mas como se isso não fosse suficiente, Jayda Fransen, que assistia à cena do outro lado da rua, correu disparada na direcção da mulher, e desatou a proferir as maiores barbaridades a seu respeito, e entre as mais graves, afirmou que ela usava um 'hijab' - aquele tipo de véu islâmico que vemos a senhora a usar na imagem em cima - para, e atenção a isto, "impedir que o seu marido a violasse", pois "é um selvagem que não consegue controlar os seus instintos", e "muitos como ele vêm para Inglaterra para violar mulheres" - aqui suponho que seria mais "wishful thinking" do que outra coisa qualquer. E tudo isto em frente às crianças, para as quais este tipo de coisa já não deve ser completamente estranha, tragicamente. Sharpe respondeu que é uma "islâmica britânica", e tem todo o direito de usar aquela indumentária, e ainda pediu moderação à cavalgadura, que com aquele gorro enfiado naquela mona pintada parece mais uma bruxa. Yuck. Seja como for, as autoridades acabariam por ocorrer ao local, por este e mais uma série de motivos que penso nem ser preciso enumerar, reportou o incidente, e tudo acabou esta seman com o tribunal a condenar Jayda de três crimes. Já agora permitam-me que deixe bem claro que todos os factos que aqui relatei constam do processo judicial, eu não estava lá e não vi, mas se quiserem podem ver este vídeo e tirar as vossas próprias conclusões:
Já sei que aquilo que vos vou pedir a seguir para alguns "dá muito trabalho", mas imaginem que estão pelas vossas bandas a tratar da vossa vidinha, e chega um bando de grunhos como estes gajos do vídeo, em "vigilante style", e começa a dizer-vos para bazarem dali para fora e irem para a vossa terra. Imaginem que têm ali uma mercearia, um salão de cabeleireiro ou outra merda qualquer que é vosso de pleno direito, e entra por ali um imbecil destes com uma cruz de madeira com um metro de comprimento e desata a disparatar, dizendo que "o país é dele" e vocês não têm o direito de ali estar - mesmo que tenham nascido nesse mesmo país, como é o caso de muita da gente que estes gajos assediam desta forma tão bizarra quanto imbecil. Pois é, alguns estão agora a pensar: "isso nunca aconteceria comigo, porque sou EUROPEU". Bardamerda, pá. E aqui há uns meses os tansos dos bifes referendaram a saída do quê, ainda se lembram? É que esta onda de animosidade contra africanos, asiáticos, refugiados e afins é apenas o começo, e um dia chega a vez a todos que não tenham aquele aspecto anémico com uma cramalheira toda podre e que pronuncia "DAAARBÉ" quando quer dizer "Derby". Pouco importa que tenham nascido no mesmo hospital que os tipos, ou andado na mesma escola, ou que comam "quiche" e falem como se tivessem favas quentes na boca: estes gajos são umas bestas, e quem vai nesta conversa deve andar com problemas olfactivos. É que eles tresandam a cócó, e são bem cobardes, também. Vide:
Esta é a versão mais curta do vídeo que podem ver aqui na versão integral, e se fizerem esse obséquio, vão reparar que o agressor daquele indivíduo aparentemente de etnia indiana fica a planear o ataque durante quase dois minutos, aguarda pela chegada do metro à estação para disferir o golpe, e depois desata a correr feito um lingrinhas, à frente daquela corajosa senhora que achou por bem pedir-lhe satisfações. Além de cobarde, o gajo é burro. Se nós conseguimos ver estas imagens no YouTube, o que dizer das autoridades, que acabaram por o identificar a proceder à sua detenção. É a lei, mas parece que esse conceito é também um bocado difícil de encaixar nas cabeças duras da velha Albion. Um bom exemplo disso é...
Esta é a versão mais curta do vídeo que podem ver aqui na versão integral, e se fizerem esse obséquio, vão reparar que o agressor daquele indivíduo aparentemente de etnia indiana fica a planear o ataque durante quase dois minutos, aguarda pela chegada do metro à estação para disferir o golpe, e depois desata a correr feito um lingrinhas, à frente daquela corajosa senhora que achou por bem pedir-lhe satisfações. Além de cobarde, o gajo é burro. Se nós conseguimos ver estas imagens no YouTube, o que dizer das autoridades, que acabaram por o identificar a proceder à sua detenção. É a lei, mas parece que esse conceito é também um bocado difícil de encaixar nas cabeças duras da velha Albion. Um bom exemplo disso é...
...o Brexit, e o "twist" que agora pode evitar que o Reino Unido deixe a União Europeia. O referendo precisa de ser aprovado pelo Parlamento britânico, caso contrário é inconstitucional, e isso pode não vir a acontecer - a aprovação, entenda-se. Gostaria já agora de destacar aquele exemplo de isenção jornalística que é o The Guardian (sarcasm alert!), um cão que obedece aos donos, e cujo "patriotismo" condiz às mil maravilhas com o resto do retrato que estou a pintar neste artigo. Vamos antes recorrer a um média que não insulte e despreze a inteligência de quem o lê.
Ah ok, o The Independent serve. Pois é, este é o tal "Bregret", que se seguiu aos britânicos terem acordado e se apercebido do tiro que deram nos dois pés, e que agora inverte os números que deram a vitória ao Brexit em Julho último. Sim, os representantes que o povo elege através das eleições, e que mandatou para tomarem decisões importantes sobre assuntos dos quais percebem alguma coisa pode apagar a asneira que o tal povo cometeu, e tudo em nome de uma onda de populismo idiota, e que tem um rosto, e feio cumó caraças, também:
É lá! Ó touro lindo, touro lindo. E este é Nigel Farage, o tal que mais em cima referi como sendo o líder do UKIP que deu a cara (feia que mete dó, aliás) pelo Brexit, e que depois de fazer a merda que fez retirou-se de cena. Agora vem falar de "traição", quer convocar eleições antecipadas, um segundo referendo, e que já prometeu que regressa à liderança do UKIP para garantir que o país sai mesmo da União Europeia, essa coisa que para ele é pior que lhe tirarem do prato a tarte de rins e mioleira de ovelha. Coitado. É este camarada que representa a grande fatia da população que quer o que convenceu ser "tomar de volta a decisão do seu futuro", mas que das duas uma: ou têm uma agenda xenófoba focada em reduzir drasticamente a imigração e fazer a vida negra aos estrangeiros e seus descendentes que residem no Reino Unido, e no caso dos últimos até tiveram o azar de ali nascer, ou simplesmente não têm futuro ou quaisquer perspectivas de vir a ter. Permitem-me que elabore este ponto.
Eis o típico apoiante deste tipo de delírios fomentados pelo populismo mais básico e rasteiro. Alguém que até não é má pessoa de todo, mas que necessita de um bode expiatório que possa culpar pelo facto de ser um inútil, um inapto, e acima de tudo um ignorante. As pessoas que agora ganham uma nova esperança com a possibilidade do Brexit não se concretizar têm em mente o seu futuro e o dos seus filhos, e estão cientes de como uma tomada de posição tão drástica como seria abandonar o projecto que tem sido - para o bem e para o mal - o garante da paz no continente europeu nos últimos setenta anos, e os efeitos que poderia ter aos mais variados níveis.
Mas sabem o que mais? Perante tudo o que aqui exponho, não vejo com bons olhos que o Reino Unido permaneça na EU, e sim, tenho consciência de que este novo desenvolvimento pode ter um efeito perverso para o resto dos membros, deixando arrastar o período de tempo até à saída do Reino Unido, que depois acabará por acontecer de qualquer jeito. Então é por isso que aproveito desde já para deixar esta ideia no ar: se eventualmente eles resolverem permanecer, que tal o resto dos membros da EU referendar se os querem lá? É só uma sugestão, pois eu estando aqui pelo Oriente nem tenho voto na matéria. Se tivesse penso que seria óbvio qual seria o meu: NÃO. Goodbye and good riddance.
O que vale é que ai em Macau na China, quem manda são os Chineses.
ResponderEliminarÉ que tás tão fodido se tentares injuriar as pessoas e o regime dai, tás tão fodido HAHA LOL:)
Mais uma para juntar ao museu do disparate.
ResponderEliminarDisparate, mas qual disparate ? O rapazinho até teve bem! Os chineses é que mandam naquilo tudo.
ResponderEliminarLá não existe complexos de culpa por causa da xenofobia e o crlh, querem lá saber. Se um chinoca quiser, manda-te logo de volta para a tua terra (Montijo) por te portares muito mal.
Não tomes as gotas não !
Lol qual rapazinho? Ah ah ah. A tua avó está cada vez mais desiludida contigo, Ivan Baptista. Está na altura de dizer a sra. Ana Spitzer para te dar tau tau nesse rabiosque.
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