terça-feira, 30 de setembro de 2014

Negros hábitos


Jesus he loves me.

Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão.
Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!


Isaías 10:01-02

Quando olho para o currículo do padre Tolentino Mendonça, teólogo, escritor e poeta premiado, e ainda por cima um jovem, tendo em conta que falamos da Igreja, estranho ser a mesma pessoa que aquando da sua visita a Macau na semana passada na condição de vice-reitor da Universidade Católica questionou as habilitações do professor Eric Sautedé, afastado em Julho num caso de saneamento político que percorreu toda a imprensa local, muita estrangeira, e colocou em causa os pressupostos da liberdade de imprensa em Macau. Este é um tipo de publicidade que a Universidade de S. José, afiliada da UC portuguesa não precisa de todo, depois de no passado a Universidade ter sido acusada de facilitismo na atribuição de cursos superiores, suspeitas confirmadas pelos reitor e vice-reitor da instituição superior de ensino, Rúben Cabral e Ivo Carneiro de Sousa, entretanto demissionários.

A entrada da Univ. Católica e dos padrecos na gestão da USJ veio trazer um maior grau de credibilidade (não sei porquê...), mas até prova em contrário, a demissão de Eric Sautedé deveu-se a comentários políticos "incómodos". Claro que aqui por "incómodos" entenda-se que desagradar ao governo da RAEM não fica bem quando este tão generosamente aceitou ceder um lote de terreno na Ilha Verde para construír o "campus" da USJ. Tolentino diz que Stilwell garantiu que as habilitações foram a razão e este acreditou. Stilwell deve ter transmitido o recado directamente de Deus, portanto. Sautedé defende-se na edição de hoje do Macau Daily Times,mas para quê, se é que mais que evidente que nesta missa só os bons cordeirinhos têm lugar?

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