quinta-feira, 24 de outubro de 2013
O apocalipse segundo Chan
Jackie Chan, o actor que encanta miúdos e graúdos com as suas macacadas remotamente inspiradas no "kung-fu", voltou a demonstrar que a retórica não é a sua especialidade. Durante a promoção do seu novo filme "Chinese Zodiac", o actor de 59 anos falou das relações entre a China, o seu país natal, os Estados Unidos, o seu país de acolhimento. Chan disse que "gostava de ver uma catástrofe natural acontecer a alguns países, como um terramoto ou um tsunami". Depois disto já toda a gente que o ouvia estava de queixo caído, mas o actor prosseguiu: "depois de uma tragédia, vemos o mundo a ajudar, todos querem ajudar aquele país, fico tão feliz". Assim está bem, mas porque carga de água é preciso um terramoto ou um tsunami, e milhares de mortos? "Porque sem terramotos e sem tsunamis, entra a política; todos brigam, e não me agrada nada". Ah está bem, pronto, basta socorrermo-nos do dicionário "Jackie Chan/outra língua" para entender o que ele queria dizer. A política é uma coisa suja, enquanto que durante uma catástrofe humana, as pessoas mostram o melhor que há em si. Grande Jackie Chan, que não tem a culpa de ter convertido a massa cerebral em músculo.
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