terça-feira, 22 de dezembro de 2009

RIP - República Islâmica de Portugal


Penso que Portugal devia ser uma República Islâmica. Já sei o que estão a pensar, que sou maluco, e são terroristas, vamos todos morrer, e mais não sei o quê, mas sigam este raciocínio.

Primeiro consideremos os factores históricos: Portugal nunca esteve tão bem quando na altura da ocupação muçulmana. A tecnologia deu um avanço que mais tarde permitiu fazer as descobertas, e vivia-se num excelente período de criação tanto artística, como arquitectónica. A agricultura nunca esteve melhor. A seguir disso veio a cristianização, e consequentemente o feudalismo, as guerras com Castela e com o Norte de África, o poder excessivo do Clero e a inquisição. Aquilo que se chamou Idade das Trevas.

Depois passemos para o que foi feito em termos de democratização: Portugal é neste momento uma semi-república das bananas, com líderes incompetentes e corruptos, naquilo que se pode considerar uma “comédia nacional”. Nunca esteve muito melhor, e já que experimentámos reis, presidentes, ditadores fascistas, Verões quentes ou o Cavaquistão, porque não tentar um aiatola, um mullah ou um emir? E que tal um califa? Um sultão, como no Brunei, que eu gosto de sultanas.

Mas claro, o mais importante são as liberdades. O leitor lê “República Islâmica” e pensa logo no Irão. Mas porque é que teria que ser assim tão mau? Podíamos criar uma República Islâmica de Portugal (ou RIP), e manter todas as nossas características tão singulares. A única coisa que possa incomodar talvez seja o facto das mulheres deixarem de poder andar semi-nuas na rua, mas pensando bem, toda a libertinagem latina da treta que ostentamos hoje em dia só deu merda. Não consigo pensar como é que o país ganhou em ter as nossas miúdas de 13 anos a mostrar o pernil e metade da bunda.

Além disso, o véu islâmico não é assim tão mau. Umas criações da Ana Salazar ou do Augustus para os mais abastados, e uns galos de Barcelos para os mais pobrezinhos. Depois não se podia comer carne de porco, o que não é algo de que nos possamos orgulhar, mas passava-se a ter uma alimentação mais saudável, mais mediterrânica (como a cozinha turca e árabe), e éramos todos mais elegantes. E sem o consumo do alcool acabava-se com muita porcaria que vai acontecendo em lares e estradas do país. E a arquitectura? Já viram como são lindas as mesquitas? Se conseguimos fazer igrejas daquelas, imaginem as mesquitas que saíam.

E finalmente, quanto à justiça, posso garantir que todos que consideram que fulano ou outrano “devia era ser morto” por ter cometido um crime horrível, iam ficar contentes. É assim na República Islâmica de Portugal. Vão pensando no assunto.

Não percam amanhã: Porque não gosto de pessoas nascidas entre 1950 e 1960.

3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Leocardo,
Este parágrafo: "Primeiro consideremos os factores históricos: Portugal nunca esteve tão bem quando na altura da ocupação muçulmana. A tecnologia deu um avanço que mais tarde permitiu fazer as descobertas, e vivia-se num excelente período de criação tanto artística, como arquitectónica. A agricultura nunca esteve melhor. A seguir disso veio a cristianização, e consequentemente o feudalismo, as guerras com Castela e com o Norte de África, o poder excessivo do Clero e a inquisição. Aquilo que se chamou Idade das Trevas. " são erros atrás de erros, mas penso que está a brincar, pois tenho-o por inteligente e senhor de uma cultura moderna. Aliás, quero agradecer-lhe aqui de Pequim a leitura do seu blogue, a que tenho acesso através do www.vtunnel.com, ouseja através de um filtro.
Raul

Leocardo disse...

Erros atrás de erros, dependendo do ponto de vista, claro. Em todo o caso, quem agradece sou eu. Obrigado pela visita e um abraço aí para Pequim.

Anónimo disse...

Sim, porque não, era o que provavelmente isto aqui seria se não fosse o Pelágio e os seus guerreiros visigodos.