sábado, 14 de novembro de 2009

Inglourious Basterds é que é!


Se ainda não viu “Inglourious Basterds” (escrito assim mesmo, e lido com um sotaque do sul dos EUA), o novo filme de Quentin Tarantino, do que está à espera? O filme é óptimo, bem escrito, bem realizado, bem pensado e não tem um segundo de aborrecimento. E vai por duas horas e meia, o que duplica o prazer. Em “Kill Bill, vol I e II”, Tarantino rende homenagem aos filmes orientais de artes marciais, e em “Basterds”, saúda os filmes de guerra, o cinema europeu e os filmes de propaganda nazi, tudo géneros deliciosos no seu próprio gosto. E onde vai Tarantino buscar tanta inspiração? Em filmes “B”. Pouco produzidos, mal realizados e interpretados, mas Tarantino na sua arrogância que tanto adoramos pega nas ideias e transforma-as em arte. Este filme fez furor no Festival de Cannes em Maio, mas é um crime se não fizer furor nos óscares. Destaque para as interpretações de Brad Pitt, Mélanie Laurent e Christoph Waltz, no papel de pior nazi alguma vez representado no cinema. E quando pensei que mais uma vez um filme sobre nazis em França ia ser completamente falado em inglês, eis que Tarantino me surpreende com uma selecção de actores alemães, ingleses e franceses que falam na sua própria língua. E ainda sobra espaço para cameos de Samuel L. Jackson, Harvey Keitel, e do próprio Tarantino. “Basterds” apresenta ainda uma versão muito própria dos factos que determinaram a queda do regime nazi e a vitória dos aliados na frente europeia, mas se vai ver confiando em factos históricos, é melhor ficar em casa. Os “Dirty Dozen” ganham desta vez.

1 comentário:

  1. Já em Kill Bill Tarantino tinha posto os chineses a falar chinês. Tarantino é um mestre, embora eu não tenha gostado muito de Kill Bill.

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