domingo, 29 de novembro de 2009

Canta comigo, vem ser feliz





Assisti ontem ao tal programa da Catarina Furtado, o “Dá-me Música”. É o primeiro que vejo com atenção desde a estreia na TDM, aí há um mês. Ontem os convidados eram Angélico, Eduardo Madeira e Isabel Figueira, numa equipa, e Vítor Fonseca, Joaquim Monchique e Carla Vasconcelos.

Angélico e Vítor Fonseca são teen idols. O primeiro conheço muito mal, mas tem um ar de George Michael enquanto ainda nos Wham!, e Fonseca é vocalista dos D’Zert. Tem um penteado e anéis de bradar aos céus. Eduardo Madeira e Carla Vasconcelos são elementos do conjunto humorístico “Os Contemporâneos”. Eduardo Madeira é assim um indivíduo com aspecto de merceeiro, mas aparentemente é um génio humorístico e musical, a par com Nuno Markl. Carla Vasconcelos é uma senhora obesa com uma presença muito...expansiva. Talvez pela largura dos ombros, ou o diâmetro do pescoço.

Isabel Figueira é uma princesa onde quer que vá, onde ela chega, chega a Primevera e os primeiros raios de sol depois de um Inverno rigoroso. Sabe estar, sabe sorrir, sabe ser deliciosa. Canta é muito mal. Quanto a Joaquim Monchique, é amiguinho do Herman, do La Féria e do João Baião. Tudo dito. Isto tudo impecavelmente apresentado por Catarina Furtado, que está cada vez mais convencida quem tem 18 anos e estamos nos anos 80.

Não sei bem qual é o público de “Dá-me Música”, mas certamente que não é o público jovem. Para os miúdos de 20 anos, os Bee Gees, os Boney M. ou Diana Ross são artistas do Paleolítico, e o que eles queriam mesmo ouvir era Moonspell, Lady Gaga ou os Green Day. O programa é assim para gajos como eu, da casa dos 30 a ir para os 40, que ainda sabe o que foi o fenómeno italian-disco, o Bruce Springsteen ou os The Cure.

O sentido daquele concurso é outra coisa que não percebo. Ganham-se prémios ou quê? A animação fica a cargo de três cantores, um tal David, uma menina negra e outra loira. A O David irrita-me, porque quando canta músicas do Marco Paulo ou dos Aqua faz uma cara de gozo, com quem diz “eu estou a cantar isto mas não gosto, porque sou um gajo muita fixe”. A menina negra é bonitinha, canta bem e é toda “soul”, mas não tem ar de quem está a gostar daquilo que faz. A loira é muito limitada vocalmente, e faz gestos das músicas para surdos-mudos (quando diz “sky” aponta para cima).

Os músicos também me dão pena, ali plantados a decalcar música rock, ainda menos “cool” que a banda da Praça da Alegria. Mas o que me dá mesmo mais pena é daqueles rapazes que ficam para ali a dançar no meio da audiência. Têm os seus vinte e tal ou mesmo trinta anos, e fazem o quê? Dançam. E vão ao ginásio para obter um corpo musculado. Pelos vistos vão andar a “dançar” muito para o resto das suas vidas. Mas vou continuar a ver o “Dá-me Música” sempre que tiver oportunidade. Senão depois falo mal do quê?

18 comentários:

  1. Pode sempre falar mal dos católicos e eu ajudo-o. Depois eles vêm para aqui espumar e nós entramos no jogo e isto fica sempre animado.

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  2. Ou, por falar em fundamentalismos, dizer mal do Benfica também serve. Se disser que o catolicismo não presta e o Benfica também não, é sucesso garantido. A maioria dos fanáticos católicos também são fanáticos benfiquistas e andam sempre, qual PIDE, a averiguar sobre quem é que fala mal das suas paixões.

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  3. Hmmm...espero que o "Dá-me Música" não tenham assim tantos fãs.

    Cumprimentos.

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  4. A única coisa que se aproveita é a Catarina Furtado que é boa como o milho.

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  5. Lá boa é, mas tem o tom de voz irritante e desafinado.

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  6. fala mas e' mal do benfica e do jorge jesus para risada
    os gajos espuma com qq comentario :)
    a catarina e' muito ma' e pensa que e' boa e ganha 25mil euros por mes pagos pelos pacovios do contribuinte de portugal

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  7. A furtado é burra que nem um calhau e tem uma mania mete nojo.
    Mas, diga-se, também é boazona e deve fazer coisas extraordinárias com a boca.

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  8. É óbvio que o Leocardo vai continuar a ver o programa. Ouvi dizer que você gostou muito de ver o monchique rabeta... É este programa e novelas.

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  9. ó anónimo das 23:13 não voltes para a escola não.

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  10. Para meu alívio deixei de ver o Canal 1 da TDM, como tal não dançam mais os meus olhos na tela vendo os programas da TDM pois estes, a não ser quando liga em directo para a RTPi, mas só durante a noite, é que os programas passam por inteiro sem cortes.
    Furtado tenho sido eu, muitas manhãs e tardes,e igualmente o era nos noticiários que passavam às 21 horas, Boazona serão as outras estações de televisão, e é pena que o único canal de televisão em língua portuguesa assim ande de mal a pior e sem consideração alguma pelos seus telespectadores, eu e minha família dançamos agora noutros canais sem cortes.
    Que se lixe a TDM, até apresnetei os factos aos encarregados mas eles tem sempre razão!...
    A TV cabo, bem eu não alimento batuteiros e aldrabões, e como sou um Polibolota vou pastando em outras zonas mais belas e ricas de conteudo.

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  11. Polibolota, será alguém que come vários tipos de bolota?

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  12. As coisas que se aprendem aqui.

    "Polibolota"

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  13. Eu cá concordo com o sr. MACAU BANGKOK O MAR DO POETA no que à TDM diz respeito - usando a linguagem de um famoso jornalista dessa casa.
    O Leocardo, que tanto critica os programas da RTP nunca fez - que me lembre - qualquer referência aos programas merdosos da TDM. Oh homem, tenha tomates. Olhe para a realidade essa espécie de TV da RAEM é bem mais negro.

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  14. Anónimo das 6:32, então não sabe que em Macau não se aponta o dedo a outros portugueses, porque quase todos temos rabos de palha? Aqui não se manifesta o espírito crítico em público. Só entre amigos, se tiver.

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  15. Por ser Aentejano de gema, usei o termo Polibolota, e não poliglota, visto que é um português alentejanato correctissimo.
    Já que nas tvs locais nada se aprende, alguém, através deste belo blog o poderá ir fazendo, sem receio de ofender alguém.
    Dizer as verdades, não é crime, o que gostam é serem engolidas, pore pessoas que podiam e deviam ser mais honesta na divulgação da cultura portuguesa.
    Um abraço amigo

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  16. A escola já não dá conta do recado com os que lá tem. Então se mandassem esta gente toda para lá outra vez é que era o caos. Há que reabilitar é as casas de correcção: casas de correcção comportamental para os putos criminosos que abundam actualmente nas escolas; e casas de correcção gramatical para os comentadores do Bairro do Oriente.

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  17. E para ti era um das caldas, oh oliveira do vimioso!

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