domingo, 1 de novembro de 2009

(A)gente também é gente


Passava esta manhã perto das dez horas junto à Escola Portuguesa, quando uma cena caricata me chamou a atenção. Um agente da autoridade pedia a identificação a uma senhora, que pela aparência julgo ser indonésia. A menina, apercebendo-se que este seria provavelmente o seu último dia em Macau, procurava o seu documento na carteira, mas como estava a demorar mais de dez segundos, o agente procedeu ele próprio à busca da identificação, arrancando-lhe literalmente a carteira das mãos. Depois de conferir que o documento não estava em ordem, pediu que a acompanhasse, com um ar muito grave, e cara de poucos amigos. Para tal até atravessou a rua com o sinal vermelho para os peões.

Curiosamente este não é a primeira vez que assisto a uma detenção deste tipo, e em relação à última, a única diferença foi o facto da turista retardatária não se ter preocupado muito com o eu destino. É certo que não se pode pedir cortesia da parte de um agente da autoridade que detem um residente ilegal, mas não havia necessidade de, por exemplo, arrancar-lhe a carteira das mãos. Só faltava mesmo algemar a pobre indonésia, que não cometeu nenhum crime de sangue ou algum tipo de furto qualificado. Um pouco mais de decoro e humanismo pedia-se de quem tem a responsabilidade de zelar pela segurança dos cidadãos. É com seres humanos que estamos a lidar, não com animais.

6 comentários:

  1. Policias de Macau nao teem nivel nenhum so sabem passar multas. O resto e cantigas.

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  2. olha se fosse no EUA era muito pior.

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  3. Uma vergonha a forma como tratam as filipinas e as indonésias.

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  4. Já eu trato-as muito bem. Não sei se é por não ser chinês ou por não ser polícia...

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  5. Há que dar o beneficio da dúvida à autoridade. Eu cá nunca fui mal tratado por nenhum polícia.

    AA

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  6. AA, disfarce-se de filipino e talvez a sua história mude.

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