quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
A escola ainda não acabou
A entrevista de Carlos Simões, o novo presidente da Associação de Pais da Escola Portuguesa (APEP, que não aquela do petróleo) ao Hoje Macau, faz-me pensar. Primeiro porque parece-me que Carlos Simões é a pessoa certa no lugar certo, alguém que fala com frontalidade, e que vem dar continuidade (com um toque mais ácido, talvez) ao trabalho realizado por Fernando Gomes e Oliveira Paulo. Mas enquanto os anteriores são um médico e um engenheiro, respectivamente, temos agora um advogado, alguém por dentro das teias da lei, o que é um vantagem no dossier Escola Portuguesa. É uma aposta boa, é uma aposta na dureza das convicções, na teimosia que nos é tão típica, se quiserem.
Gostei da frontalidade com que respondeu à indeferença da Fundação Oriente trata a questão da EPM, ou de como as prioridades da Fundação andam todas trocadas, ou da forma diplomática e tranquila como encara a eventual mudança de instalações. Hoje soubemos através do JTM como Monjardino idealiza uma espécie de "megastore" da língua portuguesa em Macau, um espaço onde funcionam a EPM, o IPOR e a Livraria Portuguesa, e "pode ser o actual Hotel Estoril". Isto parece-me descabido, no mínimo. E que tal chamá-lo "Gueto do Português"? Assim estilo "Portuguese settlement" de Malaca, mas mais parvo. E ainda por cima eufemisticamente chamado "grande espaço da língua".
É verdade que os subsídios não são eternos. Só foram eternos enquanto chegou para a FO se encher pela medida grande com dinheiro de Macau. Agora é o "sabem uma coisa? o dinheiro não cai do céu". Caía. Agora pia mais fino. E nem a boa vontade do Governo da RAEM (que tem sido muita, e de paciência então nem se fala) adianta. A resposta é não, não e não. E já andam a chatear muito. Quanto ao local onde fica situada a EPM, basta lembrar que o terreno da antiga Escola Comercial está concessionado à APIM de forma gratuita e vitalícia. No meu dicionário "vitalícia" significa para sempre, até morrer. Alguém explica qual é o problema com esta treta das instalações?
Depois a questão dos currículos. Simões tem razão quando diz que a EPM prepara bem os alunos para o ensino superior em Portugal, mas alguns pais preferem ter os filhos a estudar em outros países. Certo, certo. Mas a oferta curricular é a que temos, e acho bastante difícil incluír outras na Escola, pelo menos sem proceder a transformações radicais em termos de base, que poderão demorar anos, o que significa que a evidente redução anual em termos de número de alunos não ficaria reduzida a curto prazo. Sem querer parecer pessimista, penso que uma medida deste tipo teria que ter sido implementada há já algum tempo, para começar a dar frutos já, ou muito em breve.
Assim como muitos pais, optei por ter os meus filhos a estudar na EPM porque foi o mesmo tipo de ensino que tive toda a vida, e perante as restantes opções, considero o melhor. Não me identifico com as restantes escolas internacionais, a maioria de pendor cristão diversificado, e é preciso ter em conta, custam os olhos da cara. Como já ficou provado, completar o ensino secundário na EPM com um currículo inteiramente em português, não invalida a entrada numa universidade estrangeira. Se até as inúmeras escolas chinesas espalhadas pelo território permitem que os estudantes saiam para universidades na Austrália, Inglaterra ou Estados Unidos, o que falta à EPM para que seja tão necessária a tal mudança?
A ideia da Escola Portuguesa é boa. Faz falta. E apesar do desinteresse, serve quem opta por ela. Tenha 200, 500 ou mil alunos, tem o direito de existir, assim como todas as outras Escolas Portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Quando desistirmos deste projecto que inicialmente parecia tão puro e tão justo, estaremos a desistir da nossa afirmação em Macau. E se o governo da RAEM tem sempre apoiado a escola, e nunca se tem manifestado contra a presença desta instituição tão única e singular, é razão para nos congratularmos, e acreditar que é possível sobreviver sem ter que hipotecar os nossos valores, que são tão gratos e imensamente reconhecidos dentro desta comunidade.
Parabéns ao Leocardo pela coragem que ninguém tem. Dizer as verdades sobre a Fundação Oriente e o que ela roubou daqui de Macau não é para todos.
ResponderEliminarEsta conversa da Escola Portuguese já chega. Na realidade o que se passa é que os tugas continuma à espera da mama e essa esta seca. A verdade é que a escola Portuguesa em macau ou em Portugal prepara mal os alunos, e se se pretende têr um ensino de qualidade superior tem de se ir para fora a maior parte das vezes Inglaterra America e Australia. ë que por essas bandas as escolas não andam hà espera de subsidios, contractam professores de gabarito e pagam-lhes como deve ser e quem que ir têr um ensino de qualidade terá de pagar adequadamente.
ResponderEliminarOra se a EPM fosse alguma coisa de jeito e desse saida internacional aos miuods seriam os próprios pais chineses a pôr os miudos na escola e a pagar com opagam na School of the Nations ou outras.
A realidade é que a gestão da EPM está feita há moda dos Portugueses assim uma coisinha há nossa medida...é como os Workshops para tias sempre se vão entretendo..agora formar profissionais isso é muito dificil fica para o s camones sim esses é que sabem faze-lo nós bom nós somos felizes...e olha viva Portugal! Mas que os meus filhos na acabam na EPM isso não. Antes os Católicos do que eles a fazerem cenas de gangster hà porta do MGM.
Em relação à Fundação e ao Monjardino só tenho uma coisa a dizer, ca ganda gamanço....Mas foi tudo feito pelos nossos grandes lideres esses sim é que são os culpados e Tio Stanley a rir...É como se houvesse imensos rebuçados e o Tio dá ao mais velho e diz, vá agora distribui pelas outras crianças e chavalo masi velho manfio faz de conta que não ouvio e fica com tudo.
ResponderEliminarTive o desprazer de jantar com o Sr. Monjardino, não sé se apresenta como um homem de muito pouca saude mas como um homem que muito pouco além da sua própria barriga.. A verdade é que esta história de Fundações nada mais é do que um grande esquema nacional pa gamar ao ze povinho...E nós temos todos pena de não sermos nós no lugar dele, por isso vamo-lhe chamando nomes de levezinho para não perder hipotese dum subsidiozito que possa cair pa mais um livrito.
A verdade com todas as palavras é que o Monjardino é um....ai que lá se ia o meu subsidio...
Não há pachorra para esta converseta da escola portuguesa. Não há dia ou mês em que não se fale desta porcaria.
ResponderEliminarSe a querem manter e melhorar façam donativos, vaquinhas ou colectas.
De facto, para quem está fora de Macau, esta conversa sobre a EPM, FO e Monjardino é no mínimo bizarra. A percepção geral que se tem é de que os portugueses residentes em Macau são pessoas que auferem rendimentos chorudos mas não se coíbem de reivindicar a continuação dos privilégios que a outros portugueses estão vedados. Se é vontade dos portugueses em Macau (ou em qualquer outro sítio do globo)que os seus filhos frequentem uma escola portuguesa, devem ser eles, primordialmente, a sustentá-la...
ResponderEliminarQuanto ao facto da FO se ter andado a encher com o dinheiro do jogo, o que dizer dos actuais concessionários, designadamente americanos, que não fazem outra coisa que não seja sugar dinheiro dos chineses. Provavelmente, a única razão que está por detrás desta magnanimidade chinesa relativamente aos americanos decorre da necessidade de retirar Macau da lista negra dos locais de lavagem de dinheiro proveniente dos negócios escuros (droga, tráfico de armas, prostituição, etc)
Hoje li no Hoje o Picassinos a dizer que o Monjardino não se dignou responder ao jornal. É triste que esse farsante que tem gamado daqui tudo o que quer e que ainda há dias vendeu no Tap Seac o que quis e por quanto quis se dê ao luxo de não rssponder a um jornal que foi aquele que mais o promoveu. O homem já esqueceu depressa os tempos em que o JTM o insultava. lembro-me do tempo em que o Severino e o Hoje eram os únicos que ainda o ouviam em cada vez que vinha cá em visita de médico. Para depois abandonar o Severino de tal maneira que até deixou de falar ao homem por ter vendido o jornal ao Morais José. Histórias tristes desse farsante que agora quer vender a Livraria, o IPOR e só não vende a EPM porque não pode. Sabem que mais? Somos nós os que aqui vivemos os culpados desse senhor vir aqui gozar com todos nós e com o futuro dos nossos filhos. Se o tivessemos prendido no gabinete com uma arma apontada à cabeça até ele assinar tudo o que quisessemos já ele aprendia. Somos uns cobardes. Se não o deixássemos ir embora daqui sem assinar o compromisso que quisessemos então podíamos falar. Assim o farsante fará sempre o que quiser e goza connosco como quer.
ResponderEliminarÉ uma boa ideia pegar numa pistola e apontá-la à cabeça de alguém para assinar o que queremos.
ResponderEliminarMelhor será ir ao banco e fazer a mesma coisa, encurta o processo.
Mas o que é que "nós" queremos afinal (para o caso de haver aqui mais do que um indivíduo com a mesma opinião)?
Eu voto em vaquinhas!!
ResponderEliminarA Fundação Jorge Álvares é que podia ajudar. É falar com os suspeitos do costume...
ResponderEliminarEstá tudo doido! Só falta dizer que o cão zurra. Viva a FO! Viva a EPM! Viva as patacas! Viva toda esta m....
ResponderEliminarOque nós queriamos da escola era mais alunos como esta...Que coisinhas tão bem ensinadas...ë pena que não haja mais dinheiro para as dar o curso completo..
ResponderEliminarhttp://www.facebook.com/photo.php?pid=5040267&id=873425367
ha por aqui um sever... anonimo que nao engana ninguem.
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