quinta-feira, 27 de março de 2008
Eu profeta me confesso
Fiquei meio atordoado com uma carta de um leitor do Ponto Final ao director daquele jornal, e hoje publicada, em que se congratula por um artigo de opinião assinado na edição do Ponto Final da última terça-feira pelo jornalista João Paulo Meneses. No tal artigo, repito, de opinião, JPM tenta demonstrar por A mais B que afinal Macau não está esquecido pelas autoridades em Portugal, e de como cada vez mais se quer saber de Macau, como existem cada vez mais Institutos ligados à China e ao Oriente, e de que o Mandarim (vejam só) se vai aprender nas escolas, e por aí fora.
A interpretação do artigo fica ao critério de cada um, mas para este leitor trata-se de prova irrefutável de que afinal Macau não foi esquecido, não senhor. E o distanciamento de que se fala é apenas produto de algum nervoso-miudinho que por aí anda de alguns senhores com alguma sede de protagonismo. Há que agora sorrir triunfante sobre as carcaças do cruel inimigo fulminado pelo tal artigo, que não me canso de repetir, é de opinião.
É que cada vez que a malta pensa que o Governo da República se esqueceu de nós, isto quer dizer que somos profetas da desgraça. Profeta alto lá, pois o bom dicionário do Lello & Irmãos diz-me que um profeta é “aquele que prediz por inspiração divina”. Ora isto não se trata de qualquer previsão, mas sim de uma constatação do óbvio, que de si nada tem de divino.
O prezado leitor do PF (que tem direito à sua opinião, e como dizia um professor meu, “se é uma opinião, está certo”) vaticina que na verdade estes indivíduos andam aborrecidos porque Portugal não se lembra DELES, que “tão prestimosos serviços aqui poderia prestar”. Que diabos egoístas. Até pode ser que tenha razão, mas o contrário também é verdade: Portugal está-se nas tintas para quem cá ficou e não está minimamente interessado em nada com o nome de Macau lá estampado.
Serviu pois. A árvore das patacas que financiou campanhas eleitorais (e as notícias a esse respeito sucedem-se em catadupa) já secou, e nem foram precisos dez anos – e isto depois de uma presença de mais de quarto séculos sempre decorada com juras de amor eterno – para que se deixasse de mandar um representante do Estado Português ao 10 de Junho.
Mas esperem lá, o tal leitor não quer o dinheirinho dos seus impostos gastos em viagens de avião para que os senhores venham cá reafirmar os compromissos que dizem ter feito com Macau e as suas gentes e dizer presente (vulgo “apertar o bacalhau”). Tenho a certeza que esse dinheiro vai ser, como sempre, gasto em obras de grandeza indiscutível que vão tirar o país do fosso em que se encontra.
E isso até nem é o que me aborrece. Não venham cá se não quiserem, é para o lado que me deito melhor. Se calhar é porque estamos bem e não precisamos que nos estendam a sua mão caridosa. Preocupem-se antes com Timor Leste, em esbanjar dinheiro e meios para manter a ilusão de que ali no outro lado do mundo estão todos super-interessados em preservar a lingua e cultura portuguesa, quando na realidade se caminha cada vez mais para um protectorado australiano. Se calhar o complexo de culpa é tão grande que deturpa a visão. Já a Escola Portuguesa de Macau só dá chatices, e é preciso ver se se arranja uma forma daquele elefante branco dar lucro. Senão…
É que quando afirmo a alto e bom som que “Portugal esqueceu Macau”, digo-o sem o coração partido, sem qualquer tipo de mágoa. Digo-o da mesma forma que podia dizer “os britânicos esqueceram Bangalore” (e se calhar não é verdade). Aliás congratulo-me de fazer aqui a minha vidinha, ter aqui a minha família e ter a minha ligação a Portugal reduzida a meia dúzia de tios e primos, e os amigos que, coitados, têm mais que fazer. E congratulo-me de poder dizer “Portugal esqueceu Macau” sem levar um correctivo que sempre foi do nosso apanágio de meninos que ainda pensam que o respeitinho é muito bonito e “veja lá como é que fala”.
O mais trágico no meio disso tudo foi ver a forma clínica e imediata como a comunidade macaense se afirma hoje chinesa, e parte da multi-cultural RP China. Não vou aqui argumentar se têm ou não razão e legitimidade para o afirmar, mas não sendo Macau uma nação, e estando Portugal completamente nas tintas para os portugueses daqui, é natural que se afirmem como cidadãos chineses, ou caso contrário, apátridas. É um caso triste de abandono, e é pena.
É que a língua e cultura portuguesa são o que torna Macau uma cidade especial em relação ao resto da RPC. Não é uma estância balnear nem de esqui, e depende fortemente do seu património para que se destaque no panorama do resto da Asia. Com o gradual afastamento da fonte dessa cultura, um dia só nos restam os casinos e uma imitação rasca de culinária lusitana que passa por "Portuguese Chicken" e "Bacalao Rice".
Mas oportunidades não faltaram, não senhor. Não foi por falta de convite ou por má vontade do Governo da RAEM que a ausência de Portugal nos mais variados certames é a mais notada. Mas os empresários portugueses batem na testa quando se apercebem que Portugal está atrasado no que toca ao investimento na China, atrás de países que, ao contrário de Portugal, não têm relações de amizade seculares com o país do meio, ou uma porta de entrada tão favorável como Macau. Há quem lhe chame falta de visão. Eu chamo-lhe burrice.
O leitor remata com um “os que se queixam de que Portugal esqueceu Macau são aqueles que apenas se perguntam o que é que Portugal pode fazer por eles”. É interessante que pegue nestas palavras de JFK e já agora devolvo-lhe a pergunta: “e o que Portugal fez por mim?”. Nada. Quem não se lembra das palavras do último Governador de Macau, o General Rocha Vieira, quando lhe foi perguntado que conselho dava aos portugueses que quisessem ficar em Macau? “Que aprendam Mandarim”. Ora aí está um exemplo de sensatez e discernimento. Então já não falamos todos Mandarim? Só lhe faltava ter dito: “Acabou o saque! Regressemos à Pátria!”. Levo-te comigo, ó cana verde.
Concordo plenamente com o post. Só falha quando fala de "empresários" portugueses, coisa que não existe. Patrões e...foleiros!
ResponderEliminarJá quando o Prof. cavaco, como primeiro-ministro, visitou a China, nos anos 90, foi lançada uma linha de crédito no BNU para uinvestimentos e comércio portugueses na China. Até 1997 não tinha sido gasto um escudo. Isto mostra tudo....
Cá por Portugal ouve-se sempre dizer que os empresários nacionais se encontram verdadeiramente interessados em "invadir" o mercado chinês. Diz-se isto, diz-se aquilo... Falam, sorriem, prometem mas NADA! Se realmente estivessem interessados nessa "invasão", já o teriam feito há anos!
ResponderEliminarÉ claro, tirando algumas empresas portuguesas que têm desenvolvido excelentes trabalhos no mercado chinês, sobretudo no campo electrónico e tecnológico (como o caso da EFACEC e da Y DREAMS), os investimentos lusos têm sido insuficientes, para não dizer irrelevantes.
E ainda se fala na urgente necessidade de reformular a diplomacia económica portuguesa... mas qual diplomacia económica?!?
O norte-americano e patrão do SANDS e Venetian Macau, Sheldon Adelson, nem precisou de recorrer aos diplomatas compatriotas para lançar um negócio bilionário no Extremo Oriente. Mas norte-americanos é outra coisa...
Caro Leocardo:
ResponderEliminarFaria um favor à(s) comunidade(s) se enviasse este excelente artigo para ser publicado num jornal- em Portugal e em Macau.
Resume aqui praticamente os mais de 90 posts de discusssão que aconteceram nos artigos sobre o texto do Luis Machado, e o de Malaca.
Excelente trabalho.
Anónimo 0:59
que eu saiba portugal deu-lhe o que dá a todos os portugueses, ou não teve acesso por exemplo a educação, saúde?
ResponderEliminarO resto tem que ser cada um de nós a conquistar...
Para quem tem talento e quer reconhecimento da pátria aqui vai um link com potencial interesse:
ResponderEliminarPrémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa
http://www.cotec.pt/diaspora/
O prémio é dedicado aos talentos portugueses residentes no estrangeiro há mais de 5 anos.
Boa sorte!
A Daniela não sabe do que fala.
ResponderEliminarCom que então a EFACEC tem desenvolvido excelente trabalho no mercado chinês...
Deve ser por isso que fechou a fábrica em Macau e a fábrica na China. Estas decisões mostram profundo conhecimento do mercado chinês e forte vontade da EFACEC investir nesta zona.
Em Macau, a EFACEC está hoje reduzida a uma sala num prédio de escritórios de segunda linha cujo único objectivo é tentar vender uns transformadores à CEM.
Sei do que falo quando escrevo isto.
A Daniela fala também do Sheldon Adelson. Desengane-se que pensa que os norte-americanos não puseram toda a sua diplomacia em marcha para conquistar o mercado do jogo em Macau.
Por isso pergunto: terá sido apenas coincidência que das seis concessionárias e sub concessionárias metade são norte-americanas?
Será coincidência que a Venetian vai construir um resort na Ilha da Montanha, mesmo ao lado de COTAI.
Olhe que não, olhe que não...
Diplomatas e funcionários do aparelho governamental norte-americano (incluindo o USIS, o Secret Service e a CIA) estão hoje permanentemente em Macau, reunem com pessoas em locais públicos e não têm qualquer problema em distribuir cartões de visita que não escondem a natureza das organizações para quem trabalho.
Perguntava-me um desses americanos (que com alguma frequência convida para almoçar) se as coisas tinham mudado muinto «when China took over» ao que eu lhe respondi que não... «Things changed a lot when the americans took over Macau».
O sucesso dos norte-americanos em Macau não é mais do que um dos resultados mais visíveis de uma poderosissima diplomacia económica desenvolvida a todos os níveis.
A Daniela não sabe do que fala.
ResponderEliminarCom que então a EFACEC tem desenvolvido excelente trabalho no mercado chinês...
Deve ser por isso que fechou a fábrica em Macau e a fábrica na China. Estas decisões mostram profundo conhecimento do mercado chinês e forte vontade da EFACEC investir nesta zona.
Em Macau, a EFACEC está hoje reduzida a uma sala num prédio de escritórios de segunda linha cujo único objectivo é tentar vender uns transformadores à CEM.
Sei do que falo quando escrevo isto.
A Daniela fala também do Sheldon Adelson. Desengane-se que pensa que os norte-americanos não puseram toda a sua diplomacia em marcha para conquistar o mercado do jogo em Macau.
Por isso pergunto: terá sido apenas coincidência que das seis concessionárias e sub concessionárias metade são norte-americanas?
Será coincidência que a Venetian vai construir um resort na Ilha da Montanha, mesmo ao lado de COTAI.
Olhe que não, olhe que não...
Diplomatas e funcionários do aparelho governamental norte-americano (incluindo o USIS, o Secret Service e a CIA) estão hoje permanentemente em Macau, reunem com pessoas em locais públicos e não têm qualquer problema em distribuir cartões de visita que não escondem a natureza das organizações para quem trabalham.
Perguntava-me um desses americanos (que com alguma frequência convida para almoçar) se as coisas tinham mudado muinto «when China took over» ao que eu lhe respondi que não... «Things changed a lot when the americans took over Macau».
O sucesso dos norte-americanos em Macau não é mais do que um dos resultados mais visíveis de uma poderosissima diplomacia económica desenvolvida a todos os níveis.
Acautela-te ouvidor arriaga, já todos sabemos de onde vem e para onde vai
ResponderEliminarPortugal não só esqueceu como nunca quis saber de macau todo o mundo sabe isso, um país tapado com governos e empresários sem visão que até hoje só pensam em negócios com as ex colónias de Africa e o Brasil por facilidades da língua só pode ser. o inglês para eles é complicado.
ResponderEliminarPaís atrasado
O comentário do anónimo das 22.47 é ridiculo além de idiota
Engraçado que as ligações com Macau são tão fortes e é tão importante continuar a manter os laços..que até sai mais barato ligar para Angola do que para Macau....
ResponderEliminarTarifário PT:
- Marrocos (Destinos Móveis),Angola, Moçambique, África do Sul, Argélia e Tunísia - Por minuto € 0,4345 € 0,5734 € 0,7243;
- Macau,Timor Leste, Hong-Kong, Japão, Coreia - Por minuto € 0,7605 € 0,9657 € 1,2675
Agora se tivessemos ido para a terra do Chaves....
- Brasil e Venezuela (Destinos Fixos) Por minuto - € 0,4225 € 0,5432 € 0,6639
Grande post Caro Leocardo.
Obrigado. Curiosamente e a propósito destes últimos dados, eu digo à família para nunca me ligar. Já em Macau custa menos de um euro por cada 10 minutos para ligar para Portugal. Cumprimentos a todos e obrigado pela participação.
ResponderEliminarCaro ouvidor arriaga,
ResponderEliminarQuem lê as suas palavras até chega a pensar que você é professor autoritário. Ha algum website que comprove as palavras por si proferidas?
Leocardo, se quiseres fazer international calls a preços apetitosos faz o download do VoipBuster ou VoipCheap. Fazer chamadas para a rede fixa é GRÁTIS ou paga-se apenas 1 ou 2 cêntimos por minuto, aproximadamente. Para telemóveis custa entre os 3 e 6 cêntimos.
ResponderEliminarCuriosamente, quanto maior a distância mais baratas são as chamadas. Recomendo a todos!!!
P.S.: Ó patriota macaense, tem calma. O ouvidor arriaga tem razão; o site da EFACEC estava desactualizadíssimo. E quando me referia aos diplomatas norte-americanos, tive apenas em conta os embaixadores e não entidades como a poderosíssima CIA.
Viva Macau.
Caro Leocardo
ResponderEliminarGrande post. O que lhe posso dizer com a certeza absoluta é que o João paulo menezes é especialista em inventor de histórias. A invenção do homem até o levou a escrever livro absurdo. A criatura é mestre na aldrabice. Em mais de tr~es anos últimos ninguém em Portuga falou de Macau em público, quis saber de Macau, importou-se com Macau, preocupou-se com os portugueses que vivem em Macau. A única coisa que vi sobre Macau foi em alguns blogs dizerem que a Fundação Oriente, que recebeu o dinheiro todo de Macau, estava a abandonar o apoio aos portugueses de Macau e à Escola Portuguesa. Esta é a realidade e o resto é conversa. Concordo em absoluto com Ouvidor Arriaga.
Macau pertence aos macaenses e ponto final.
ResponderEliminarCaros macaenses. Eu, português do rectângulo, sempre tive e continuo a ter por Macau e pelas suas gentes um grande carinho e muita admiração. Se algum dia chorei de emoção, com raiva e dor sentida foi no dia da transferência de soberania. Portugal é um país pobre como sabem, mas que país dava a nacionalidade portuguesa a milhares de pessoas que nem sabem alinhavar mais de 3 palavras em português permitindo-lhe o respaldo da sua soberania? Claro sei q Macau merece mais, mas isso também se vai reconquistando. Aliás uma coisa é certa, até na forma como dizem mal do governo e dos Portugas os macaenses só mostram que são como os restantes portugueses. Com aí também cá dizemos as mesmas coisas com os mesmos argumentos. Isso é uma prova de identidade fortissima. Aos macaenses desejo tudo de bom e acreditem que muitos milhões do rectângulo pensam assim. Se venho sempre espreitar este blog por alguma razão o faço. Um especial abraço.
ResponderEliminarSe Portugal fosse mesmo um país pobre não estaria no ranking dos países mais ricos e industrializados do mundo. Os jornalistas em geral é que têm a mania de dizer que Portugal é pobre. Pode ser o menos desenvolvido da Europa Ocidental, mas POBRE? O existente fosso entre ricos e não-ricos não significa necessariamente que o país seja pobre. Até a miséria extrema se encontra presente no país mais rico do mundo, Estados Unidos.
ResponderEliminarCaro Patriota Macaense,
ResponderEliminarSó escrevo sobre o que, sem qualquer margem para dúvida, sei.
Se investigar um pouco, falar com pessoas e estiver atento, descobrirá que aquilo que eu sei não é segredo nenhum.
Mas não foi o Leocardo que apoiou um director australiano para o Departamento de Português, cortando os link com Portugal. Averigue s.f.f. ?
ResponderEliminarHerói do Mar
Esta agora. Apoiei? Porquê? Havia mais alguma alternativa? Da maneira que o Herói do Mar fala até parece que houve alguma eleição. Tudo o que disse foi que se tratava de uma pessoa competente que conhecia bem o departamento de português da UMAC. Porquê, devia ser incompetente mas português? Mas sabe uma coisa, se isto se resume a apoiar ou não apoiar, então sim, apoiei.
ResponderEliminarCumprimentos
Anónimo...
ResponderEliminarJá começa a ser secante essa história de que Portugal, não quer saber de Macau dos macaenses e dos portugas que resolveram ficar por cá. Sim,porque não me parece que alguém tenha ficado por aqui por obrigação, mas sim por opção. Ou será que me engano?
Efectivamente se tivermos em conta aos milhares de passaportes que Portugal ofereceu a quem nunca se interessou por Portugal, nem tão pouco pelo interesse na aprendizagem da língua estamos conversados. Para além disso para que se preocupa tanto esta gente com o facto de Portugal não querer saber de Macau e de quem por cá ficou, se não gostam do país, se é pobre, corrupto, analfabeto, cheio de burros e outros adjectivos interessantes que vejo espalhados por aqui? Não estão bem por aqui, devidamente protegidos por governantes sérios, integros, inteligentes, com um sentido de humor de fazer inveja, com bons empregos, por enquanto? Quanto os macaenses, em 20 anos de Macau nunca consegui percebe-los, pois tão depressa estão de um lado como do outro, tinha um amigo que costumava dizer "não gostamdo pai nem da mãe...".
Portugal deu a todos os que queriam ir para Portugal a oportunidade de o fazerem, aos que optaram por ficar por cá, só têm efectivamente que aprender a falar Madarin, como em frança falam francês e na alemanha falam o alemão.
Tenham uma boa semana!
Escrever um "testamento" a dar uma opinião sobre uma opinião é não ter muito que fazer...
ResponderEliminarNão é verdade que em Portugal ninguém queira saber de Macau, talvez alguns políticos e empresários portugueses, do mesmo não poderão dizer de S. A. R. o Duque de Bragança que tem no seu gabinete o estandarte do Leal Senado de Macau http://passaleao.blogspot.com/2008/04/presena-da-cidade-do-santo-nome-de-deus.html
ResponderEliminarou ainda do Dr. Cesário, que se preocupa com a comunidade portuguesa de e em Macau.
...Ao Leocardo,
ResponderEliminarSobre Timor-Leste, faz muito bem Portugal dar todo o seu apoio, pois TL é um Estado Soberano, Livre e Independente, membro de uma Comunidade de que Macau (?ainda?) não faz parte.
Terei a certeza absoluta, que pelos "ventos da História" se Macau tornasse também um Estado Soberano, Livre e Independente, Portugal certamente daria todo o seu apoio, tal como a TL.
Agora tudo isto são histórias, quimeras ou sonhos, a realidade é que Macau é China (uma potência económica emergente) e Portugal não tem que estar a prestar (o mesmo) auxílio a Macau como a TL.
... A maioria dos Gibraltinos não se sentem castelhanos, muito menos espanhóis, se um dia o Reino Unido os abandonasse, certamente que reivindicarão "Independência!", este sim é o curso natural das Nações.
Quem precisa mas não tem, reclama!
ResponderEliminarMacau não precisa de Portugal a não ser alguns emigrantes que se sentem importantes fora da Nação.
Tudo tem o seu tempo, quero dizer "económico" caso Macau encontrar petróleo até a Efacec podia oferecer mais serviços.
Money is money and only money can DO.
Numa família não necessáriamente temos de receber noticias e visitas de todos.
No news is good news.
Quando Portugal se interessar mesmo dos Emigrantes no geral ou dos Macaenses (no sentido lato) em particular, é melhor fugirmos todos!!!
Ainda tens dúvidas? :)